Cuiabá, Segunda-Feira, 16 de Junho de 2025
POLICIAIS SOB SUSPEITA
16.04.2012 | 13h15 Tamanho do texto A- A+

MPE aciona dois delegados por propina e prevaricação

Ação Civil Pública contra policiais foi proposta no mês passado com base em condenação criminal

MidiaJur

Douglas Turíbio e Maurício Braga (detalhe) afirmaram que desconhecem ação e ainda não foram notificados

Douglas Turíbio e Maurício Braga (detalhe) afirmaram que desconhecem ação e ainda não foram notificados

ALEXANDRE APRÁ
DO MIDIAJUR
O Ministério Público Estadual (MPE) propôs uma ação civil pública contra os delegados Douglas Turíbio Schutze e Maurício Braga por atos de improbidade administrativa. Segundo o MPE, ambos foram condenados pela Justiça pelos crimes de concussão e prevaricação, respectivamente.

O inquérito civil havia sido aberto em setembro de 2011, pela promotora Fabiana da Costa Silva, da Promotoria de Justiça Cível de Tangará da Serra (245 km a  Noroeste de Cuiabá).

De acordo com o inquérito, o delegado Maurício Braga foi condenado à pena de quatro meses de detenção pela prática de prevaricação, em 1998, no exercício da função de delegado de Polícia de Tangará da Serra.

O MPE diz que o delegado deixou de instaurar um inquérito policial para satisfazer interesse pessoal e ainda se apoderar de uma pistola automática, calibre 45, que somente foi devolvida, segundo o inquérito, em razão de correição feita pela Corregedoria da Polícia Civil.

A promotora também justificou a ação com base no fato de o delegado Douglas Turíbio ter sido condenado à pena de três anos de detenção pela prática de concussão, ou seja, recebimento de vantagem indevida. O MPE diz que Douglas exigiu o pagamento de R$ 5 mil para deixar de lavrar auto de prisão em flagrante.

A ação foi proposta no último dia 2, e foi distribuída ao juiz Cláudio Roberto Zeni Guimarães, da Quarta Vara Cível de Tangará da Serra. No último dia 13, o magistrado determinou que ambos fossem notificados e abriu prazo de 15 dias para manifestações preliminares.

Outro lado

O delegado Douglas Turíbio, que hoje atua como delegado regional de Cáceres, disse, em entrevista ao MidiaJur, que desconhece os fato propostos na ação.

Ele também alegou que ainda não foi notificado sobre o processo. Turíbio também garantiu que não tem conhecimento sobre nenhuma condenação sua em processo criminal.

O delegado Maurício Braga também afirmou que desconhece a propositura da Ação Civil Pública, mas avaliou que, caso ela tenha sido proposta agora, já está prescrita.

“Já se passaram mais de cinco anos, então, está prescrita. Existem decisões do STJ que estipulam essa prescrição”, comentou o delegado.

Ele preferiu não entrar em detalhes, mas afirmou que procuraria saber do conteúdo da ação para então se posicionar sobre os fatos.

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COMENTÁRIOS
9 Comentário(s).

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LELIZ  01.05.12 13h24
Socorro Chefe do MP. Mande um promotor para combater corrupção que está voltando em Tangará da Serra. Todo mundo está vendo isso. Acorda Promotora. Não queremos mais ser uma cidade sem lei. Mexa-se aí e justifique seu salário
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Adauto  19.04.12 00h54
Se os delegados ainda permanecem nos cargos, não há falar em prescrição. Essa se opera decorrido o lapso de 5(cinco) anos "após" o afastamento do cargo. Operada a prescrição,ainda é possível ajuizar uma ação de ressarcimento, porquanto essa é imprescritível. É o que diz a Lei específica.
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SILENE  16.04.12 19h50
Essa promotora de justiça ao invés de apurar a corrupção que continua na prefeitura de Tangará da Serra, fica perseguindo policiais por fatos sabidamente prescritos. É lamentável
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JOÃO DO MATO GROSSO  16.04.12 16h38
A Justiça tarda mas não falha! Que pena que a memória de alguns é curta!
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Carlão  16.04.12 15h15
Carlão, seu comentário foi vetado por conter expressões agressivas, ofensas e/ou denúncias sem provas