O caminhoneiro Regivaldo Batista Cardoso, marido e pai das quatro vítimas assassinadas pelo pedreiro Gilberto Rodrigues dos Anjos, em novembro de 2023, em Sorriso, foi a primeira testemunha a depor no júri popular do criminoso, que teve início na manhã desta quinta-feira (8).
As vítimas Cleci Calvi Cardoso, de 47 anos, e suas filhas Miliane Calvi Cardoso, de 19 anos, e duas menores de 13 e 10 anos, foram encontradas sem vida na casa da família, três dias após o crime, no dia 27 de novembro. Na época, Regivaldo estava viajando a trabalho.
A participação de Regivaldo na sessão durou cerca de 15 minutos. O promotor de Justiça Luiz Fernando Rossi Pipino foi o primeiro a fazer as perguntas, e pediu que Regivaldo contasse como ele descobriu sobre o assassinato de sua família e como as vítimas eram.
Dentre os detalhes do relato, ele conta que, após tentar contato por várias vezes com sua família, acionou a Polícia Militar, que foi até a casa. Os policiais relataram que por fora estava tudo normal, com os cachorros na casa, mas ninguém atendia o interfone.
Regivaldo ainda contou que diariamente as filhas mandavam mensagem dizendo que estavam indo para a escola, por isso estranhou o sumiço. Na época do crime, ele inclusive telefonou na escola das filhas e foi informado da ausência delas. Preocupado, telefonou para a sogra, afirmando que apenas não ligou antes pois ela havia feito uma cirurgia.
Quando foi questionado sobre a família, ele disse que sua esposa, Cleci, era amorosa, inteligente, e que cuidava muito bem das filhas. Sobre as filhas, contou que eram carinhosas e estudiosas. Antes de ser liberado, ele pediu que o réu receba a maior condenação possível e pague por tudo o que fez.
Todas as informações relativas ao depoimento foram passadas pela assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça, já que não é permitida a presença de jornalistas.
O julgamento
O júri popular teve início na manhã desta quinta-feira (8), no Fórum de Sorriso (398 km ao norte de Cuiabá), e deve ser finalizado ainda hoje, segundo a expectativa do juiz Rafael Deprá Panichella, da Primeira Vara Criminal, que preside a sessão. Para compor o júri, foram sorteados sete jurados, sendo quatro homens e três mulheres.
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