Janaina: “AL tem que ser enérgica; Emanuel não pode gerir Saúde”

A deputada estadual Janaina Riva (MDB) aumentou o tom e cobrou urgência na aprovação, por parte da Assembleia Legislativa, na intervenção do Governo do Estado na Saúde de Cuiabá.

Ela ainda defendeu punibilidade severa aos casos de corrupção no setor e alfinetou o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), afirmando que ele não tem capacidade de gerir a Pasta.

"A nossa preocupação é votar o mais rápido possível esse decreto, para que o Governo possa agir", disse

"Eu vejo que 90 dias é pouco e espero que seja aprovada com ampla maioria dos deputados, entendendo a seriedade do assunto", acrescentou.

Receio de colegas

Janaina ainda minimizou as críticas de colegas da Casa que apontaram a possibilidade de se criar uma brecha no Estado para outras intervenções.

Segundo ela, não existe receio na aprovação, já que não há outro município no Estado com as condições semelhantes as de Cuiabá. 

"Acho que é descabido, porque temos que ser enérgicos. [...] Nunca vi outro município com dados semelhantes aos casos de Cuiabá. Por isso que não tenho esse receio. Como disse aos colegas: esse caso é inédito, nunca houve na história uma intervenção municipal feito pelo Poder Judiciário", disse.

A nossa preocupação é votar o mais rápido possível esse decreto, para que o Governo possa agir

"Corrupção na saúde, na minha opinião, é a mais severa e a que deve ter maior punabilidade [...] Emanuel perdeu pelo menos a condição de gerir a saúde. Não posso falar pelo restante, porque não tenho conhecimento técnico para falar. O que ouvimos falar é que os fornecedores de todas as secretarias têm atrasos no pagamento. Agora, a saúde é mais grave, porque o atraso implica em vidas", acrescentou.

Rito na AL e intervenção

O decreto do governador Mauro Mendes sobre a intervenção na Saúde de Cuiabá já passou por duas comissões da Casa e segue para votação dos 24 parlamentares. 

Mendes nomeou a enfermeira Danielle Carmona Bertucini para desempenhar a função de interventora. 

Na semana passada a maioria dos desembargadores do Órgão Especial do Tribunal de Justiça de Mato Grosso decidiu pela retomada da intervenção do Estado na Saúde de Cuiabá, após inúmeras denúncias de irregularidades. Foram 9 votos favoráveis e 4 contrários.

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