A confirmação do senador Wellington Fagundes como pré-candidato ao governo pelo presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto, reorganiza o tabuleiro político de Mato Grosso para a próxima eleição. Embora Fagundes destaque que 47% da população do estado vive hoje sob administrações municipais comandadas por prefeitos do PL, essa capilaridade partidária não garante, por si só, transferência direta de votos em uma disputa estadual, especialmente diante da conjuntura atual.
Do outro lado da corrida está o vice-governador Otaviano Pivetta, que entra na disputa apoiado pelo governador Mauro Mendes, cuja gestão atinge índices de aprovação estimados em 86% entre os mato-grossenses. Em cenários eleitorais atuais, a chancela de um governante com alto capital político costuma exercer forte influência na decisão do eleitor, sobretudo quando a percepção de resultados concretos é amplamente difundida.
A comparação entre os dois nomes revela trajetórias distintas:
Wellington Fagundes
Experiência consolidada no Legislativo.
Reconhecido articulador político em Brasília.
Nunca exerceu função no Executivo, o que representa uma lacuna relevante frente à complexidade da administração estadual.
Apesar de seu peso político e experiência parlamentar, a ausência de vivência administrativa pode gerar incerteza quanto à sua capacidade de entregar resultados com a mesma velocidade demonstrada pela atual gestão.
Otaviano Pivetta;
Três vezes Prefeito em Lucas do Rio Verde, município hoje com o melhor IDH do Estado.
Sete anos como vice-governador, deverá ser por seis meses governador efetivo, após desencompatibilização do Governador Mauro Mendes.
Participação direta na formulação e execução de políticas públicas estaduais.
Histórico prévio de gestão municipal e empresarial.
Domínio operacional da máquina pública estadual.
No jargão político administrativo, Pivetta “sabe o caminho das pedras”conhece limites orçamentários, rotinas burocráticas e mecanismos de eficiência fiscal que têm sustentado o atual modelo de gestão.
Mato Grosso vive seu período mais vigoroso, a análise fiscal e administrativa do Estado reforça o peso do apoio de Mauro Mendes na disputa
Investimentos inéditos em áreas essenciais
Nos últimos anos, Mato Grosso experimentou um ciclo raro de expansão:
Educação: modernização da rede escolar, estrutura física, programas pedagógicos.
Saúde: ampliação de serviços, fortalecimento de hospitais regionais.
Segurança Pública: aquisição de equipamentos, frota, tecnologia e valorização de efetivos.
Infraestrutura e logística: malha viária sendo recuperada e expandida como nunca antes.(7 mil km de pavimentação asfáltica)até o final do mandato.
Ações sociais: políticas efetivas voltadas aos mais vulneráveis.
Ambiente de negócios: estado se tornou referência em equilíbrio fiscal e atratividade para o setor produtivo.
Esse conjunto de políticas elevou o grau de confiança do eleitor no atual modelo administrativo e consolidou a imagem de um governo eficiente e tecnica e politicamente confiável .
O peso da continuidade na decisão do eleitor, no imaginário popular em comportamento eleitoral aponta que, quando a população percebe estabilidade fiscal e avanço em serviços públicos, tende a optar pela continuidade, evitando riscos associados a mudanças bruscas de direção.
Hoje, Mato Grosso apresenta:
Contas equilibradas
Forte capacidade de investimento
Resultados concretos para a população
Ambiente econômico favorável, especialmente para o setor rural, motor da economia estadual
Nesse contexto, a campanha deverá girar em torno de uma pergunta crucial:
O eleitor estaria disposto a arriscar uma mudança em um ciclo considerado exitoso?
A comparação entre os candidatos inevitavelmente conduzirá o debate público para o tema da capacidade executiva. Embora Wellington Fagundes disponha de experiência política e habilidade legislativa, Pivetta se apresenta com o ativo da continuidade e da proximidade operacional com uma gestão altamente aprovada.
A disputa para o governo de Mato Grosso tende a ser menos sobre ideologia e mais sobre gestão. Em um estado com uma das melhores situações fiscais do país e com políticas públicas em franca expansão, o eleitor terá diante de si um dilema clássico:
Manter o modelo administrativo atual, que apresenta resultados robustos e aprovação massiva, representado por Pivetta;
Ou optar por uma alternativa ainda não testada no Executivo, representada por Wellington Fagundes.
Diante do cenário técnico, fiscal e político, dificilmente o eleitor mato-grossense abrirá mão da estabilidade conquistada. Em um momento de forte desempenho do Estado, trocar o certo pelo incerto pode não ser a escolha mais racional.
João Batista de Oliveira é ex-secretário de Governo na gestão Blairo Maggi e ex-secretário de governo e comunicação na gestão Mauro Mendes.
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