LAISE LUCATELLI
DA REDAÇÃO
O governador Silval Barbosa (PMDB) minimizou o suposto interesse do bicheiro Carlinhos Cachoeira em assumir o controle da Loteria do Estado de Mato Grosso (Lemat), revelado em reportagem da edição desta quinta-feira (11) do
Diário de Cuiabá.
"Trata-se de uma conversa de boteco, entre dois malucos", afirmou o governador, sobre o diálogo (interceptado pela Polícia Federal, dentro da Operação Monte Carlo), por e-mail, entre Adriano Aprígio de Souza - cunhado e, segundo a PF, um dos "laranjas" de Cachoeira - e o argentino Roberto Coppola, consultor do bicheiro.
Questinado pelo
MidiaNews sobre uma suposta influência do grupo do bicheiro no Governo de Mato Grosso, Silval disse: "Não sei com quem [eles teriam influência]. Eu não conheço... Tem que mostrar com quem".
InterceptaçõesNa conversa, ambos revelam que o grupo de Cachoeira, acusado de comandar um esquema de jogo em Goiás e de ter influência sobre políticos daquele Estado, estava certo de que iria assumir o controle da Lemat, que foi recriada recentemente. Na conversa, ele comentam o resultado da eleição que reelegeu Silval Barbosa.
O governador - que participou, na manhã de hoje, do lançamento de obras visando à Copa do Mundo em Cuiabá, na região do Coxipó -, em princípio, se recusou a comentar o assunto envolvendo Carlinhos Cachoeira.