LAÍSE LUCATELLI
DA REDAÇÃO
A delegada Liliane Murata, da Defaz (Delegacia Especializada em Crimes contra a Fazenda Pública), responsável pelo inquérito da Operação Impostor, ouviu, nesta quarta-feira (21) mais dois servidores do município suspeitos de envolvimento no esquema de corrupção instalado na Prefeitura de Cuiabá.
Um dos suspeitos prestou depoimento durante a tarde e foi liberado em seguida. O outro começou a depor por volta das 16h30.
No total, 17 pessoas já foram ouvidas pela Defaz, desde a deflagração da Operação Impostor, no dia 9 deste mês. Dessas, 14 foram presas naquela data, e cumpriram cinco dias de prisão provisória.
Na quarta-feira passada (14), um dos suspeitos que estava com mandado de prisão em aberto se apresentou espontaneamente, prestou depoimento e foi liberado em seguida.
O mesmo aconteceu com o primeiro suspeito ouvido hoje, e deve ser o procedimento adotado com o segundo suspeito.
A assessoria da Polícia Civil informou que eles não chegaram a ser presos porque colaboraram com as investigações, e estão respondendo em liberdade.
Não foi informado, também, quantos mandados de prisão ainda estão em aberto.
Operação ImpostorA operação deflagrada no dia 9 desarticulou um esquema de corrupção na Prefeitura de Cuiabá, que causou um prejuízo de pelo menos R$ 1,3 milhão aos cofres públicos.
Esse foi o valor monitorado pela auditoria do município em 10 dias, referente à arrecadação de IPTU.
Segundo as investigações, os corruptos ofereciam oito tipos de “serviços” fraudulentos, como baixa em dívidas tributárias, e emissão de documentos falsos.
As propinas cobradas variavam entre R$ 100 e R$ 5 mil.
Entre os 17 suspeitos já ouvidos, 13 trabalham na prefeitura. Os outros eram intermediários do esquema.
A denúncia foi feita pelo prefeito Chico Galindo (PTB), que, ao detectar indícios de fraudes, levou o caso ao Ministério Público Estadual.
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