LAÍSE LUCATELLI
DA REDAÇÃO
A delegada Liliane Murata, da Defaz (Delegacia Especializada em Crimes contra a Fazenda Pública), responsável pelo inquérito da Operação Impostor, encerrou os interrogatórios na noite de terça-feira (13).
Dos 14 presos, oito já foram liberados logo após prestarem depoimentos. Eles são acusados de operar um esquema que desviava dinheiro do setor de arrecadação do Palácio Alencastro.
Os outros seis voltaram para o Centro de Ressocialização de Cuiabá (antigo Carumbé), e ficaram presos até a meia-noite, quando se encerrou o prazo da prisão temporária.
O motivo desse tratamento diferenciado, segundo a assessoria da Polícia Civil, é que esses seis suspeitos não teriam colaborado com as investigações.
Os depoimentos mais curtos duraram cerca de quatro horas, e alguns interrogatórios levaram mais de dois dias.
Novos nomes surgiram durante os interrogatórios e serão investigados pela Defaz. Os próximos passos são encaminhar os objetos apreendidos para perícia e tabular as informações coletadas.
Um relatório com as fraudes apuradas deve ser encaminhado à prefeitura para que novas auditorias sejam feitas, e o Município possa detectar mais “braços” do esquema e mensurar o prejuízo.
Operação ImpostorA operação foi deflagrada na última sexta-feira (9) e desarticulou um esquema de corrupção na Prefeitura de Cuiabá, que causou um prejuízo de pelo menos R$ 1,3 milhão aos cofres públicos.
Esse foi o valor monitorado pela auditoria do município em 10 dias, referente à arrecadação de IPTU.
Segundo as investigações, os corruptos ofereciam oito tipos de “serviços” fraudulentos, como baixa em dívidas tributárias, e emissão de documentos falsos.
As propinas cobradas variavam entre R$ 100 e R$ 5 mil.
Entre os 14 presos da operação, 10 trabalham na prefeitura. Os outros são intermediários do esquema.
A denúncia foi feita pelo prefeito Chico Galindo (PTB) que, ao detectar as fraudes, levou o caso ao Ministério Público Estadual.
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