LAÍSE LUCATELLI
DA REDAÇÃO
O rombo decorrente do esquema que fraudava a arrecadação de impostos em Cuiabá, desmantelado pela Operação Impostor, da Polícia Civil, já atinge R$ 3,1 milhões.
O secretário de Finanças, Guilherme Müller, informou que a auditoria feita pela Prefeitura descobriu, até o momento, outros R$ 1,8 milhão, além dos R$ 1,3 milhão que já haviam sido detectados nas investigações do ano passado.
Além disso, foi detectada a participação de outras empresas e outros servidores, além dos 13 que já foram afastados das funções, apontados pela Polícia como integrantes do esquema. A investigação continua e os números ainda podem aumentar.
“As auditagens estão sendo feitas sigilosamente e eu não posso adiantar um resultado concreto. Há pessoas envolvidas que nem sabem que as descobrimos, porque estamos querendo pegar mais gente. E não posso adiantar nomes porque atrapalha a investigação”, disse o secretário.
Müller informou que a corregedoria “praticamente concluiu” a investigação administrativa.
A Prefeitura está fazendo, também, uma auditoria no sistema informatizado que gerencia a arrecadação de impostos.
“A prioridade era desmantelar a fraude, e é isso que estamos fazendo. Agora, nosso sistema está todo protegido e auditado, e ninguém mais consegue fraudar. Pelo menos, achamos que não, mas não dá para ter certeza porque bandido é bandido”, disse.
Operação Impostor A operação foi deflagrada pela Polícia Civil no dia 9 de dezembro de 2012, e desarticulou um esquema de corrupção na Prefeitura de Cuiabá.
Nesse dia, 14 pessoas foram presas (sendo 13 servidores públicos) e cumpriram 5 dias de prisão provisória.
Segundo as investigações, os corruptos ofereciam oito tipos de “serviços” fraudulentos, como baixa em dívidas tributárias e emissão de documentos falsos. As propinas cobradas variavam entre R$ 100 e R$ 5 mil.
Os crimes tipificados pela Delegacia Especializada em Crimes contra a Fazenda Pública (Defaz) foram corrupção ativa e passiva, inserção de dados falsos no banco de dados da Prefeitura e formação de quadrilha.
A fraude foi detectada pela pasta comandada por Muller, ao ser verificada a redução no estoque da dívida ativa do município.
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