Cuiabá, Segunda-Feira, 16 de Junho de 2025
CORRUPÇÃO
27.03.2013 | 08h50 Tamanho do texto A- A+

Rombo nos cofres da Prefeitura já passa de R$ 3 milhões

Auditoria encontra mais servidores e empresas envolvidos em esquema

Mary Juruna/MidiaNews

O secretário Guilherme Muller relatou avanços da auditoria que detectou fraude no sistema tributário

O secretário Guilherme Muller relatou avanços da auditoria que detectou fraude no sistema tributário

LAÍSE LUCATELLI
DA REDAÇÃO
O rombo decorrente do esquema que fraudava a arrecadação de impostos em Cuiabá, desmantelado pela Operação Impostor, da Polícia Civil, já atinge R$ 3,1 milhões.

O secretário de Finanças, Guilherme Müller, informou que a auditoria feita pela Prefeitura descobriu, até o momento, outros R$ 1,8 milhão, além dos R$ 1,3 milhão que já haviam sido detectados nas investigações do ano passado.

Além disso, foi detectada a participação de outras empresas e outros servidores, além dos 13 que já foram afastados das funções, apontados pela Polícia como integrantes do esquema. A investigação continua e os números ainda podem aumentar.

“As auditagens estão sendo feitas sigilosamente e eu não posso adiantar um resultado concreto. Há pessoas envolvidas que nem sabem que as descobrimos, porque estamos querendo pegar mais gente. E não posso adiantar nomes porque atrapalha a investigação”, disse o secretário.

Müller informou que a corregedoria “praticamente concluiu” a investigação administrativa.

A Prefeitura está fazendo, também, uma auditoria no sistema informatizado que gerencia a arrecadação de impostos.

“A prioridade era desmantelar a fraude, e é isso que estamos fazendo. Agora, nosso sistema está todo protegido e auditado, e ninguém mais consegue fraudar. Pelo menos, achamos que não, mas não dá para ter certeza porque bandido é bandido”, disse.

Operação Impostor

A operação foi deflagrada pela Polícia Civil no dia 9 de dezembro de 2012, e desarticulou um esquema de corrupção na Prefeitura de Cuiabá.

Nesse dia, 14 pessoas foram presas (sendo 13 servidores públicos) e cumpriram 5 dias de prisão provisória.

Segundo as investigações, os corruptos ofereciam oito tipos de “serviços” fraudulentos, como baixa em dívidas tributárias e emissão de documentos falsos. As propinas cobradas variavam entre R$ 100 e R$ 5 mil.

Os crimes tipificados pela Delegacia Especializada em Crimes contra a Fazenda Pública (Defaz) foram corrupção ativa e passiva, inserção de dados falsos no banco de dados da Prefeitura e formação de quadrilha.

A fraude foi detectada pela pasta comandada por Muller, ao ser verificada a redução no estoque da dívida ativa do município.

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COMENTÁRIOS
8 Comentário(s).

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julio  27.03.13 18h27
Num País masi sério esse secretario ja deveia estar no minimo afastado,e pau que bate em chico também deveria bater em francisco.
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Antonio Carlos  27.03.13 13h28
Como ninguém vai preso este continua sendo um ótimo negócio para quem investe seu talento em desfalcar os cofres públicos. E não adianta falar que foi o povo que os elegeu, porque isso é um caso de impunidade, ou seja falta de se fazer cumprir a lei que deveria valer para todos.
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Wanderley de Souza MT, SP  27.03.13 13h05
ALGUEM SABE ME INFORMAR SE ESSES EX FUNCIONARIOS FRAUDULENDOS, NESSES CASOS ELES SÃO DEMITIDO POR JUSTA CAUSA?
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Toni Amorim  27.03.13 12h06
Estamos aguardando a prestação de contas "com provas" por parte da prefeitura, de que todo o dinheiro desviado foi recuperado, para então nós contributintes, podermos pagar com segurança o IPTU.
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Maria Silva  27.03.13 12h03
QUERO SABER QUANDO A PREFEITURA VAI TOMAR PROVIDÊNCIAS COM RELAÇAO AOS ALVARÁS DE CONSTRUÇAO.
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