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BOLSONARO ALVO DA PF
03.05.2023 | 11h45 Tamanho do texto A- A+

WF chama operação de “grotesca”: “Senado deve tomar providência”

Polícia investiga suposta falsificação de dados para cartões de vacinação contra a covid-19

Angélica Callejas/MidiaNews

O senador Wellington Fagundes, que falou sobre operação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro

O senador Wellington Fagundes, que falou sobre operação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro

DOUGLAS TRIELLI E ANGÉLICA CALLEJAS
DA REDAÇÃO

O senador Wellington Fagundes (PL) classificou como “grotesca” a operação da Polícia Federal, nesta quarta-feira (3), que cumpriu mandado de busca e apreensão em endereço do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de prisão contra os ex-assessores Mauro Cid e Max Guilherme.

 

Bolsonaro foi alvo de uma operação no âmbito de um inquérito que tramita no STF (Supremo Tribunal Federal), sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes.

 

Neste caso, a investigação é sobre uma suposta "associação criminosa constituída para a prática dos crimes de inserção de dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas SI-PNI e RNDS do Ministério da Saúde." A suspeita é de que registros de vacinação de Bolsonaro, Cid e da filha mais nova do ex-presidente, Laura, foram forjados.

 

Segundo Wellington, não há razão para se cumprir um mandado de busca por conta de um “atestado de vacinação”. Ele pediu respeito ao ex-presidente.

 

“Estupefatos estamos. Até pelo motivo, um atestado de vacinação. Não vemos motivo nenhuma para uma operação tão grotesca, porque afinal de contas trata-se deum presidente da República e todo presidente tem que ser respeitado pela autoridade que exerceu”, disse o senador em conversa com a imprensa, nesta quarta.

 

Estupefatos estamos. Até pelo motivo, um atestado de vacinação. Não vemos motivo nenhuma para uma operação tão grotesca

Fagundes afirmou que reunirá o bloco ao qual pertence no Senado para discutir atitudes a serem tomadas. Para ele, o Congresso Nacional deve “agir” diante da operação determinada pelo ministro do STF.

 

“Para a estabilidade da democracia, excesso é sempre perigoso. Como líder do bloco Vanguarda, hoje de manha conversamos, e acho que o Senado terá que tomar algumas providências, porque o abuso está acontecendo”, afirmou.

 

“Temos que discutir institucionalmente a posição do Congresso Nacional, porque não é só o Senado”, acrescentou.

 

Suspeição de Moraes

 

Wellington, entretanto, evitou tecer críticas diretas ao ministro Alexandre de Moraes.

 

Mas citou outros casos que na visão dele ultrapassam os limites da legalidade. Como a prisão do ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, preso no dia 14 de janeiro por suposta omissão nos atos do 8 de Janeiro.

 

“Não é questão de suspeição, nós precisamos de esclarecimentos. Temos o Anderson Torres preso há mais de 100 dias. Isso para nós já é uma tortura. E juridicamente isso representa um abuso. O prazo máximo é 95 dias. É a lei. E um preso que não tem nenhuma condenação”, disse.

 

“E tudo isso deixa a todos assoberbados. Sem saber como tocar [...] Estamos cobrando para que os limites sejam muito bem observados e que isso seja sempre fruto de um diálogo. Não pode um poder ultrapassar o outro”, completou.

 

Leia mais sobre o assunto:

 

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COMENTÁRIOS
3 Comentário(s).

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Marlan   04.05.23 06h25
A lei é para todos, se há indícios de crime é natural e necessário que seja investigado e aplicado a pena ou absolvido conforme mandamentos legais. Simples assim, o Sr Jair Bolsonaro, ex Presidente não está isento de nenhuma investigação, assim como o atual Presidente, que aliás também já foi investigado e preso, após deixar a presidência no passado.
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Wanderley   03.05.23 14h30
Agora que STF, aliás, o ministro Alexandre de Moraes está passando dos limites legais!!!!! Acorda Senador WF, há muito tempo o Senado Federal, está de joelho para Alexandre de Moraes.
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Magalhães  03.05.23 13h35
até que enfim um senador de MT, tendo a sensibilidade de lutar contra todos esses atos arbitrários.
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