O MPE (Ministério Público Estadual), por meio da promotora Lindinalva Rodrigues Dalla Costa, fez o pedido de pronúncia à Justiça para que os três réus acusados de matar a adolescente Maiana Mariano Vilela, sejam levados a Júri Popular.
O pedido deverá ser analisado pela Justiça após a juntada da defesa dos acusados.
São acusados de assassinato o empresário Rogério Amorim, 38, ex-namorado da menor e acusado de ser o mentor do crime, Paulo Ferreira Martins e Carlos Alexandre da Silva. Estes últimos são apontados pelo MPE como executores do crime.
"O trio é acusado de homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver"
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A pronúncia foi entregue na Segunda Vara Especializada de Violência Contra a Mulher, nesta semana. A peça de acusação tem aproximadamente 70 páginas, onde promotora relata os detalhes de como o crime foi praticado.
A investigação da DHPP (Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa) revela que o empresário tentou acobertar o crime, dando queixa do desaparecimento e, depois, passou informações falsas, para atrapalhar as investigações.
Uma das testemunhas de acusação, arrolada pela promotora Lindinalva Rodrigues, foi a prima de Maiana, Poliana Martins.
Durante a audiência de pronúncia e instrução, realizada no dia 31 de julho, a jovem disse que desconfiou que Rogério estava tentando despistar a Polícia.
Ela relatou que, durante as investigações, policiais da DHPP telefonaram para ela e pediram que se dirigisse até a delegacia, para fazer o reconhecimento de uma jovem que poderia ser Maiana. Promotora quer condenação máxima
“No mesmo dia, o Rogério me ligou e disse que tinha visto a Maiana no Sinuelo [loja de vinhos]. Só que nem a Polícia tinha divulgado o local das imagens. Então, passei a desconfiar e a Polícia, também”, revelou.
Outro fato que chamou a atenção da delegada Anaíde de Barros, que conduzia a investigação, foi o fato de Rogério ter participado de uma festa de fim de ano, com a sua esposa, Calisângela de Moraes.
A festa foi poucos dias depois de Rogério ter registrado o boletim de ocorrência relatando o desaparecimento de Maiana. Ele também afirmava que estava separado da esposa, mas testemunhas confirmaram que os dois dormiram justos, após a confraternização.
Condenação máxima
Após a audiência de pronúncia, a promotora Lindinalva Rodrigues disse ao MidiaNews que iriavai pedir a condenação máxima para os acusados do assassinato da adolescente Maiana.
A representante do MPE reafirmou que, na visão da instituição, a execução da garota - que tinha 16 anos - foi um "crime bárbaro" e seus autores merecem a pena máxima.
“O homem sempre foi lobo do homem, desde o mundo é mundo, o homem é mal e o homem mata. Se não podemos evitar esses instintos, temos que atuar nesses casos bárbaros, para que a Justiça
"Se não podemos evitar esses instintos, temos que atuar nesses casos bárbaros, para que a Justiça seja feita. Lindinalva Rodrigues"
seja feita. Vamos pedir a condenação máxima aos envolvidos”, disse.
Soltura de Calisângela
A empresária Calisângela de Moraes foi colocada em liberdade no dia 8 passado. O MPE entendeu que ela não teve participação na morte da adolescente e por isso não foi pronunciada no caso.
Ela deverá comparecer a todos os autos processuais para os quais for intimada pela Justiça e também não pode se ausentar da cidade sem autorização da Justiça.
Caso Maiana
Maiana Vilela, 16, desapareceu no dia 21 de dezembro de 2011. Investigações apontam que a jovem foi vítima de um plano cruel para o seu assassinato, supostamente tramado pelo ex-namorado Rogério Amorim.
Segundo a Polícia, Rogério contratou Paulo Ferreira e Carlos Alexandre para executarem a menor.
Ele deu um cheque de R$ 500 para Maiana descontar no Banco Itaú, no CPA 1.
Ela teria que levar R$ 400 desse dinheiro para pagar um caseiro, em uma chácara, na região do bairro Altos da Glória.
Esse pagamento era parte do plano de Rogério para atrair Maiana para o seu algoz.
A garota foi até a chácara, entregou o dinheiro para Paulo, que a matou em seguida, por asfixia. Ele teve a ajuda de Carlos Alexandre.
A dupla colocou a menor no banco traseiro de um automóvel Uno, de cor prata, que pertencia a Paulo. Eles levaram o corpo de Maiana até a empresa de Rogério, no bairro Três Barras, para que ele comprovasse a morte da ex-namorada.
Depois disso, o corpo da menina foi enterrado em uma área afastada na estrada da Ponte de Ferro, a cerca de 15 km de Cuiabá.
O corpo de Maiana foi resgatado por policiais, após terem prendido a quadrilha.
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1 Comentário(s).
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jose augusto 24.08.12 11h41 | ||||
penso que, se a calisangela nao tinha envolvimento com o caso por que entao ela foi presa e humilhada perante a comunidade | ||||
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