Cuiabá, Segunda-Feira, 16 de Junho de 2025
FISCALIZAÇÃO ELETRÔNICA
09.04.2012 | 15h41 Tamanho do texto A- A+

Prefeitura admite que instalação de radares vai demorar

Para SMTU, intervenção da Secopa nas principais vias atrasa colocação de equipamentos

MidiaNews

A fiscalização do trânsito por radares ainda vai demorar, segundo a Prefeitura

A fiscalização do trânsito por radares ainda vai demorar, segundo a Prefeitura

LISLAINE DOS ANJOS
DA REDAÇÃO

A instalação de fiscalização eletrônica na Capital ainda pode demorar para acontecer. Isso porque, segundo o secretário municipal de Trânsito e Transportes Urbanos (SMTU), Josemar Sobrinho, todo o estudo e projeto elaborado pela pasta sobre onde deveriam ser instalados os equipamentos de fiscalização precisará ser refeito.

Ao MidiaNews, o secretário afirmou que o primeiro levantamento feito e enviado à Procuradoria Geral do Município foi realizado sem que a Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo (Secopa) enviasse à pasta o calendário oficial das obras que serão realizadas na Capital.

“A princípio, havia previsão de muitas obras e, agora, elas foram reduzidas. Então, nós temos que ter em mãos um documento oficial da Secopa, para ver onde, realmente, serão executadas as obras e quando vão começar, para que o prefeito [Chico Galindo], junto com a nossa equipe, faça uma reavaliação nesse sentido”, afirmou o secretário.

Segundo estatísticas da pasta, as avenidas Fernando Corrêa da Costa, Miguel Sutil e Historiador Rubens de Mendonça (CPA) são as vias que apresentam os maiores índices de acidentes de trânsito, mas elas estão inclusas no pacote de obras a serem realizadas pela Secopa visando à Copa do Mundo de 2014.

Sobrinho salientou que seria um desperdício por parte do Município instalar radares, por exemplo, em vias que serão, posteriormente, interditadas ou passarão por algum tipo de intervenção na infraestrutura.

“É inviável colocar [os radares] agora, enquanto as obras não forem feitas. Quer dizer, seria uma incoerência do município instalar fiscalização eletrônica nesse instante, nessas avenidas. A não ser que a gente retorne o projeto e o altere por inteiro, porque a lógica é que você coloque esses equipamentos onde realmente existam acidentes, grande fluxo de trânsito e passagem de pedestres”, argumentou.

Apesar da dificuldade para executar o plano de fiscalização eletrônica, que deveria ter sido iniciado em novembro de 2011, segundo Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) e já teve a implantação exigida pelo Ministério Público Estadual (MPE), o secretário disse que não tem dúvidas da necessidade dos radares na Capital.

“A fiscalização eletrônica é necessária. Isso vai ser muito bom, porque, realmente, a maioria dos motoristas só respeita quando se ‘põe a mão’ no bolso deles”, disse.

Fiscalização

Segundo o projeto elaborado pela SMTU, Cuiabá contará com a fiscalização eletrônica feita por meio de quatro tipos diferentes de equipamentos.

O mais conhecido deles são os "furões", semáforos que autuam motoristas que param em cima da faixa de pedestre, furam o sinal ou passam na via acima da velocidade permitida.

Há os "pardais", que são radares fixos instalados para registrar o flagrante de motoristas que passarem por ele acima da velocidade permitida na via, também deverão ser instalados.

Além deles, as lombadas eletrônicas deverão substituir os famosos “quebra-molas” nas principais vias da Capital e radares móveis, como tripés e pistolas, também serão usados.

Números preocupantes

Nos últimos anos, Cuiabá vem figurando entre as cinco cidades com os maiores índices de acidentes de trânsito. Diariamente, uma pessoa morre na Baixada Cuiabana, vítima de alguma ocorrência no trânsito, de acordo com Sobrinho.

O secretário afirmou que, mensalmente, a SMTU recebe relatórios afirmando a necessidade de recuperação de grades em canteiros centrais e calçadas, postes de semáforos e abrigos de ônibus, prejuízos materiais que se convertem em prejuízos e transtornos para a comunidade.

De acordo com o secretário, diariamente, o Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá recebe em torno de 25 pessoas vítimas de acidentes de trânsito. Grande parte das vítimas é de jovens entre 18 e 29 anos e a maioria é motociclista.

“Nos leitos no Pronto-Socorro, 60% das pessoas politraumatizadas que estão internadas lá são vítimas de acidentes de trânsito. É um índice muito alto para uma capital como a nossa", disse José Sobrinho.

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Jose A Silva  09.04.12 17h28
Jose A Silva, seu comentário foi vetado por conter expressões agressivas, ofensas e/ou denúncias sem provas
marcelo  09.04.12 17h16
resumindo:muita gente ainda vai morrer, machucar muito ou ficar paralítica por conta dessa demora e incompetência.muita gente fura sinal e anda acima da velocidade, e quem anda certo não teme multa, só os irresponsáveis a temem.
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