Cuiabá, Segunda-Feira, 30 de Junho de 2025
"PIRÂMIDE"
02.05.2017 | 07h57 Tamanho do texto A- A+

Justiça condena Telexfree a ressarcir R$ 21 mil a duas clientes

As consumidoras E. S. M. e A. E. A. A. contrataram pacotes e esperavam receber lucros

MidiaNews

Empresa Telexfree está com atividades suspensas desde 2013

Empresa Telexfree está com atividades suspensas desde 2013

VINICIUS MENDES
DA REDAÇÃO

A juíza Ana Paula Carlota Miranda, da 5ª Vara Cível de Cuiabá, condenou a empresa Ympactus Comercial Ltda (Voip 99 Telexfree) a ressarcir a duas consumidoras os valores investidos por elas ao comprar produtos da empresa, no total de R$ 21.075,75.

 

A decisão foi publicada nesta segunda-feira (24).

 

E. S. M. receberá o valor corrigido de R$ 3.035,25 mil e A. E. A. A. R$ 18.040,50 mil, quantias que pagaram na compra de pacotes ADCentral Family da Telexfree.

 

Além das quantias, a empresa terá que efetuar o pagamento das custas, despesas processuais e verba honorária sobre o valor da condenação.

 

Segundo o relato das consumidoras, foi firmado um contrato na qual elas teriam que fazer diariamente os serviços de publicação e divulgação de anúncios para receber lucros.

 

No entanto, após a empresa ser suspensa na Justiça por práticas de pirâmide financeira, as cuiabanas foram lesadas e não receberam os lucros prometidos e nem a restituição dos valores investidos.

 

A prova dos autos demonstra que o contratado foi induzido a erro ao aderir à proposta lançada pela contratante

Já a Telexfree, em sua defesa, alegou que não cumpriu com suas obrigações devido ao fato de ter tido as atividades paralisadas por ordem judicial.

 

Sentença

 

Em sua decisão, a juíza Ana Paula Miranda registrou que a Telexfree realmente não desempenhou as obrigações contratuais firmadas por ambas as partes, prejudicando, assim, as consumidoras.

 

Desta forma, a magistrada acatou os pedidos de ambas em mandar rescindir os contratos e restituir os valores desembolsados por elas.

 

“A prova dos autos demonstra que o contratado foi induzido a erro ao aderir à proposta lançada pela contratante, incidindo em evidente vício de consentimento. Diante disso, imperioso é o retorno das partes ao estado anterior a contratação, de modo que além da rescisão do pacto, deve ser restituído o valor pago, devidamente corrigido e atualizado”.

 

Todavia, a juíza negou os pedidos de indenização por dano moral, pois concluiu que "inexiste violação aos direitos de personalidade que seja capaz de ensejar o dever de reparação civil, até porque a autora era conhecedora dos riscos do negócio".

 

Polêmica judicial

 

O Tribunal de Justiça do Estado do Acre (TJAC) determinou a suspensão da Telexfree, em junho de 2013, por prática de “pirâmide financeira”.

 

A empresa foi acusada por obter ganhos ilícitos, mediante processo fraudulento e disfarce de marketing multinível.

 

De acordo com as investigações, a Telexfree teria criado um sistema na qual cada novo integrante comprava um “pacote” que remunerava os demais membros acima na cadeia.

 

Esse novo integrante obtia lucros recrutando outras pessoas para o esquema.

 

Atualmente ela é investigada pelo Ministério Público Federal (MPF), juntamente com mais 80 empresas, por suspeita de aderir à pirâmide financeira envolvendo mais de 1 milhão de pessoas.

 

Leia mais sobre o assunto:

 

Telexfree é condenada a ressarcir R$ 64,7 mil a dois cuiabanos

Entre no grupo do MidiaNews no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).




Clique aqui e faça seu comentário


COMENTÁRIOS
0 Comentário(s).

COMENTE
Nome:
E-Mail:
Dados opcionais:
Comentário:
Marque "Não sou um robô:"
ATENÇÃO: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do MidiaNews. Comentários ofensivos, que violem a lei ou o direito de terceiros, serão vetados pelo moderador.

FECHAR

Preencha o formulário e seja o primeiro a comentar esta notícia