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CUIABÁ NO FUNDO DO POÇO
05.01.2024 | 16h44 Tamanho do texto A- A+

Prefeitura dá calote milionário e empresa de ônibus ameaça parar

Caribus Transportes afirma que não está sendo paga e pede ao TCE que bloqueie valores do Município

MidiaNews

O advogado Ussiel Tavares da Silva Filho, que assina o documento

O advogado Ussiel Tavares da Silva Filho, que assina o documento

DA REDAÇÃO

A Caribus Transportes, uma das principais empresas de transporte coletivo de Cuiabá, ameaçou paralisar os serviços por conta de um calote da Prefeitura de Cuiabá, que já ultrapassa a cifra de R$ 17 milhões.

Hoje a Prefeitura de Cuiabá possui o montante de R$ 17.244.360,46 como saldo devedor 

 

Em uma Representação de Natureza Externa protocolada no TCE-MT, a concessionária denunciou que possui contrato com Cuiabá desde dezembro de 2019, e hoje detém 24,22% dos lotes para a prestação desse serviço, tendo direito a receber os subsídios da Prefeitura para cobrir os custos.

 

Porém, os valores milionários não têm sido pagos pelo prefeito Emanuel Pinheiro (MDB). O documento é assinados pelo advogado Ussiel Tavares da Silva Filho (confira AQUI).

 

“Ocorre que hoje a Prefeitura Municipal de Cuiabá-MT possui aproximadamente como saldo devedor no montante de R$ 17.244.360,46 em razão da inadimplência dos subsídios que deveriam ser pagos para a Caribus, conforme certifica a Associação Matogrossense dos Transportes Urbanos-MTU, entidade associativa das empresas concessionárias de transporte coletivo urbano dos municípios de Cuiabá-MT e Várzea Grande-MT”, relatou. 

 

A empresa anexou documentos que comprovam a dívida milionária, bem como as tentativas de negociação com a Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana de Cuiabá (Semob) e com Agência Municipal de Regulação de Serviços Públicos Delegados de Cuiabá (Arsec), que não tiveram resposta. 

 

“Hoje a Caribus, conforme Acordo Operacional, atende por 21 linhas do transporte coletivo municipal, servindo à população com uma frota de 84 ônibus e é responsável por atender o percentual de 24,22% dos quase 300 mil passageiros e usuários dos serviços públicos de transporte coletivo em Cuiabá-MT. Ao longo ano de 2023, mais de 6 milhões de passageiros foram transportados apenas pela empresa Caribus, que correm o risco de terem suas linhas sem atendimento”, pontuou.

 

Empréstimo de R$ 7 milhões 

 

A Caribus afirmou que, para manter suas obrigações, precisou realizar empréstimos superiores a R$ 7,3 milhões, que já estão vencidos.

 

“Ainda, em razão do inadimplemento da Prefeitura Municipal, a empresa Caribus não tem conseguido arcar com suas dívidas e corre o risco de busca e apreensão dos ônibus, o que afeta a coletividade, bem como, tem sofrido inúmeros protestos em cartórios [...] razão pela qual medidas devem ser adotadas por essa corte de contas para evitar a catástrofe nas contas públicas e na gestão”, disse.

 

Conforme a empresa, o transporte coletivo é um serviço essencial, “razão pela qual se houver a paralização, toda a coletividade será afetada”.

 

“Tratando-se de serviço público municipal e essencial, e a sua efetiva paralização acarretará dano ao erário e a toda a população mato-grossense, requer que esta corte de contas intervenha no feito e mediante a concessão de tutela de urgência, manifeste-se de maneira urgente determinando o reequilíbrio econômico-financeiro com o pagamento da dívida pública referente ao serviço prestado mediante a indisponibilidade de bens no valor de aproximadamente R$ 17.244.360,46, destinadas para os pagamentos inadimplidos do Contrato de Concessão Pública n.º 621/2019”, pediu.

 

O processo está sob a relatoria do conselheiro Sérgio Ricardo. Em outubro do ano passado, ele determinou a criação de uma Mesa Técnica visando buscar uma solução consensual para o caso. Porém, até o momento, não houve acordo entre a Caribus e a Prefeitura.

 

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4 Comentário(s).

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Melquíades José de Souza  07.01.24 11h01
Quem vai ficar na berlinda sera o próximo prefeito que vai ter quer arcar com atual desgoverno sem falar que Cuiabá tá puro buraco.
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Gladston   06.01.24 09h01
Eu gostaria de entender o por quê os eleitores de Cuiabá e VdG tem o dedo tão podre para escolher seus representantes. Se juntar os dois atuais, não dá meio prefeito de verdade.
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Rogério   06.01.24 08h04
Devendo de tudo um pouco, a cada dia que passa, a casa vai caindo, tá mostrando a cara agora, tudo isso sabem porquê ! Não é candidado a nada e aí vem aquele ditado, não tô nem ai mais pra nada, só terminar o mandato e pronto mas a indústria da multa tá firme e forte, esse ele não para
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Graci Miranda   05.01.24 18h04
Cascata velha “coletivo “ circulando
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