O promotor de Justiça do Ministério Público Estadual, Rinaldo Ribeiro de Almeida Segundo, ao comentar o assassinato da adolescente grávida E.B.A.S., de 16 anos, afirmou que não se pode confundir "frieza e maldade" com doença mental.
A jovem foi brutalmente assassinada no dia 12 de março, em Cuiabá. A bombeira civil Nataly Helen Martins Pereira confessou, em depoimento, ter atraído a vítima e a matado com o intuito de roubar sua filha.
"Não se pode confundir frieza com doença mental, tampouco maldade com doença mental", declarou o promotor.
"Atuamos em uma vara especializada em crimes sexuais e homicídios contra crianças. Todos os dias nos deparamos com crimes bárbaros e monstruosos, e nem por isso os autores têm algum transtorno mental. Trata-se de uma minoria que realmente possui esse tipo de diagnóstico", acrescentou.
O caso ganhou repercussão na imprensa internacional não apenas pela morte da adolescente e o sequestro da filha, mas principalmente pela crueldade e brutalidade do crime.
E.B.A.S. teve o ventre aberto e apresentava sinais de enforcamento, esganadura e asfixia. Seu corpo foi encontrado enterrado em uma cova rasa, com cabos de internet enrolados no pescoço, mãos e pernas, além de dois sacos plásticos cobrindo sua cabeça.
"Neste caso, é irrelevante saber se a autora é ou não psicopata. O essencial é avaliar se ela tinha capacidade de entender e agir conforme agiu. Os elementos que temos — imagens em vídeo, depoimentos no hospital e na delegacia, entrevistas com familiares, além de sua própria reação diante das câmeras — indicam, à primeira vista, que um diagnóstico de transtorno mental não parece razoável", explicou o promotor.
Além de Nataly ter tentado esconder o rosto ao ser filmada pela imprensa, o promotor destacou seu interrogatório, que durou cerca de 37 minutos, no qual ela narra o crime com riqueza de detalhes.
"Há elementos que demonstram que ela tinha plena consciência do que estava fazendo. Trata-se, claramente, de alguém que sabia o que fazia e que poderia ter escolhido não fazê-lo. Não é o caso de um surto psicótico ou algo do tipo", concluiu o promotor.
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