Cuiabá, Quarta-Feira, 16 de Julho de 2025
ESQUEMA NO TRANSPORTE
26.07.2021 | 17h38 Tamanho do texto A- A+

TJ libera contas da esposa de Pinheiro; bens seguem bloqueados

Empresário é acusado de chefiar um esquema que impediu a licitação no transporte intermunicipal

MidiaNews

O empresário Eder Pinheiro (no detalhe): TJ desbloqueia contas de esposa

O empresário Eder Pinheiro (no detalhe): TJ desbloqueia contas de esposa

THAIZA ASSUNÇÃO
DA REDAÇÃO

A Turma de Câmaras Criminais Reunidas do Tribunal de Justiça determinou o desbloqueio das contas da empresária Alessandra Paiva Pinheiro e suas empresas, a Elog Express Encomendas Ltda e Fiorano Participações e Investimentos Ltda.

 

Alessandra é esposa do dono da Verde Transportes, Eder Pinheiro, alvo da 3ª fase da Operação Rota Final.

 

A decisão foi publicada nesta segunda-feira (26).

 

Os desembargadores negaram, porém, o desbloqueio dos bens em nome dela.

 

A 3ª fase da Rota Final foi deflagrada em maio e apura um suposto esquema de monopólio no transporte intermunicipal em Mato Grosso.

 

Eder Pinhiero é considerado, pelo Ministério Público Estadual, o chefe da organização criminosa. Ele se entregou à Justiça neste final de semana após mais de dois meses foragido.

 

A manutenção do bloqueio das contas bancárias das empresas e da agravante, sem o oferecimento da denúncia, apresenta-se desproporcional

Alessandra alegou que  é casada em regime de separação de bens e que suas empresas não fazem parte do Grupo Verde. 

 

Além disso, afirmou que as contas das empresas são seu meio de trabalho e que o bloqueio tem causado danos irreparáveis.

 

O relator do recurso, desembargador Marcos Machado, afirmou que o bloqueio das contas da empresária e das suas empresas pode afetar os salários trabalhadores diante dos impactos da pandemia.

 

“A manutenção do bloqueio das contas bancárias das empresas e da agravante, sem o oferecimento da denúncia, apresenta-se desproporcional, por comprometer o sustento e a continuidade da atividade empresarial, a qual pressupõe ativos financeiros para adimplemento de obrigações, dentre as quais o pagamento de funcionários, em período pandêmico”, afirmou.

 

Já com relação aos bens, Marcos Machado disse que o bloqueio deve ser mantido, uma vez que há indicativos de que Eder Pinheiro teria usado a esposa para ocultar seu patrimônio.

 

O voto do relator foi acompanhado pela maioria da Turma.

 

A operação

 

As investigações constataram que empresários teriam se juntado a servidores públicos para impedir a licitação do setor de transporte intermunicipal.

 

Com o pagamento de propina, segundo o MPE, as empresas que possuíam contratos precários - e que cobravam valores abusivos nas passagens - operaram livremente durante anos no Estado.

 

As investigações são conduzidas pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado) e Naco (Núcleo de Ações de Competência Originária), ambos do Ministério Público Estadual (MPE) .

 

Além de Eder Pinheiro, também foram alvos da terceira fase o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Rodoviário de Passageiros de Mato Grosso (Setromat), Júlio Cesar de Sales Lima, o ex-deputado estadual Pedro Satélite, o deputado estadual Dilmar Dal'Bosco e a assessora parlamentar Cristiane Cordeiro.

 

Leia mais: 

 

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Graci O. Miranda  26.07.21 18h12
TRANSPORTES DE CUIABÁ: SUCATA E SUCATA.
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