Cuiabá, Segunda-Feira, 16 de Junho de 2025
TRÉGUA REPUBLICANA
14.03.2013 | 17h45 Tamanho do texto A- A+

Maggi afirma que crise está superada e continua no PR

Senador diz que não quer abandonar companheiros que seguem sua liderança

José Cruz/Agência Senado

Blairo Maggi diz que continua no PR, para ficar ao lado de aliados

Blairo Maggi diz que continua no PR, para ficar ao lado de aliados

LAÍSE LUCATELLI
DA REDAÇÃO
O senador Blairo Maggi (PR) descartou sair do PR, ao menos por enquanto. Ele afirmou que a crise com a direção nacional da sigla está superada, e que permanece no partido em consideração aos seus aliados.

“É normal, a gente fica com raiva depois que bate o dedo no canto da mesa. Mas nesse momento não vou sair do partido”, afirmou Maggi.

O republicano explica que sua dificuldade em deixar o partido é devido ao grande número de aliados que não poderiam segui-lo para outra legenda, já que perderiam seus mandatos.

Maggi foi um dos fundadores do PR em Mato Grosso, que nasceu em 2006, da fusão do Prona com o PL. Na época, o então governador deixou o PPS para se filiar à nova legenda.

“Eu tenho uma dificuldade enorme de sair do partido, porque nós criamos o PR, que hoje é um dos maiores partidos do Estado. Talvez 80 ou 90% dos que estão no PR vieram em função da liderança que eu tinha como governador. Disputamos várias eleições, e temos muitos prefeitos, vereadores, e deputados estaduais que fizeram a opção de estar junto comigo”, disse.

“Se eu sair hoje do PR, eu os abandono. Quando eu deixei o PPS, lá atrás, eu senti isso. Deixei muitas pessoas que não puderam me acompanhar, ou porque o partido já estava estabelecido na cidade, ou porque tinham conflito com as lideranças locais que formariam o PR. Não gostaria de repetir essa situação”, completou.

Crise partidária

A crise entre Blairo Maggi e a cúpula nacional do PR foi escancarada em outubro do ano passado, quando o senador por Mato Grosso foi deixado de fora da convenção da sigla que reconduziu o senador Alfredo  Nascimento (AM) ao comando da executiva, e o deputado federal Valdemar Costa Neto (SP) ao cargo de secretário-geral.

O deputado paulista foi condenado no Supremo Tribunal Federal (STF) pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, no escândalo do Mensalão.

Na ocasião, Maggi aventou mudar de partido mas, acabou entrando em acordo com a direção republicana, que o indicou para presidir a Comissão de Meio Ambiente no Senado. Porém, as negociações para a participação do partido no governo levaram a uma nova crise. Um dos favoritos da presidente Dilma Rousseff (PT) para ser ministro, Maggi teria sido vetado pelo presidente nacional do PR.

O senador por Mato Grosso ainda deixa em aberto, no entanto, a possibilidade de mudar de legenda em outro momento, se a situação partidária se tornar insustentável e ele conseguir respaldo jurídico para a mudança. Maggi ainda aguarda o resultado da consulta feita ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que responderá se ele pode deixar o partido sem perder o cargo de senador.

“Se o TSE responder positivamente, será mais um argumento se eu tiver que fazer um movimento. Mas não pretendo fazer agora”, concluiu.

O interesse de Maggi em trocar de sigla despertou a cobiça de diversas agremiações, como PMDB e PSB, que fizeram convites ao senador para que ele se filiasse.

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