Cuiabá, Quinta-Feira, 27 de Novembro de 2025
GREVE
29.05.2019 | 10h00 Tamanho do texto A- A+

PGE diz que Seduc deve cortar ponto e destituir comissionados

Ofício foi encaminhado a secretária de Estado de Educação, Marioneide Kliemaschewsk, na terça-feira

GCOM-MT / Rodolfo Perdigão

O procurador-geral do Estado Francisco de Assis, que assina o ofício

O procurador-geral do Estado Francisco de Assis, que assina o ofício

CAMILA RIBEIRO
DA REDAÇÃO

O procurador-geral do Estado Francisco de Assis da Silva Lopes encaminhou um ofício a secretária de Estado de Educação, Marioneide Kliemaschewsk, elencando as medidas que ela deve tomar em razão da greve dos profissionais da Educação, entre as quais o corte de ponto dos servidores que aderiram ao movimento.

 

O documento é da última terça-feira (28), um dia após os profissionais darem início à paralisação.

 

No ofício, o promotor diz que a medida segue uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), de 2016, que estabeleceu o corte de ponto assim que os servidores se ausentarem do seu expediente em razão de greve.

 

Ante ao entendimento consolidado no STF informamos que é dever da administraçãoefetuar o corte de pontos dos servidores grevistas e o consequente desconto, em folha de pagamento

“Desta forma, ante ao entendimento consolidado no STF, e aliado a todos os elementos fáticos e jurídicos narrados no ofício acima mencionado, informamos que é dever da administração (i) efetuar o corte de pontos dos servidores grevistas e o consequente desconto, em folha de pagamento, dos valores correspondentes aos vencimentos e vantagens dos dias de falta ao serviço”, diz trecho do documento.

 

Ainda no ofício, o procurador afirma que cabe à Seduc fazer a destituição dos servidores que ocupem cargos comissionados de livre nomeação e que tenham aderido ao movimento.

 

Por fim, recomendou a instauração de processo administrativo disciplinar para apurar eventuais faltas funcionais.

 

Greve

 

Os profissionais da Educação decidiram entrar em greve, por tempo indeterminado, no último dia 20 e iniciaram a paralisação na segunda (27).

 

Eles cobram o cumprimento da lei da dobra do poder de compra - aprovada em 2013, na gestão do ex-governador Silval Barbosa, e que dá direito a 7,69% a mais anualmente na remuneração durante 10 anos - e a Revisão Geral Anual (RGA).

 

Os profissionais ainda reivindicam o fim do escalonamento salarial, realização de um concurso público e um calendário para melhorar a infraestrutura das escolas. 

 

Leia mais sobre o assunto:

 

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COMENTÁRIOS
4 Comentário(s).

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Edson Batista   29.05.19 15h13
Posso não concordar com esta greve, mas o procurador esquece ou se faz de desentendido ao fato de que a jurisprudência significa direito igual para um é igual para todos! Então acredito que tem que cancelar o aumento do Ministério Público, pois eles receberam será que se não tivessem recebido estaria falando a mesma coisa?
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Albino Pfeifer Neto   29.05.19 11h36
Vamos ver a PGE defender o Governador do processo por improbidade administrativa por nao cumprir Lei aprovada pela Assembléia e a Constituição Edtadual
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Marcello   29.05.19 11h32
E isto aí! Corta o ponto e desconta na folha! O bom e que os professores não vão ter que repor as aulas! Aí quero ver a SEDUC fechar o calendário escolar e os Dias Letivos exigidos!!!
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Daniel  29.05.19 10h14
Servidor comissionado não está em sala de aula e muito menos participa das atividades interna do ambiente escolar. É preciso se informar melhor secretária.
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