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TRANSPORTE COLETIVO
29.05.2013 | 17h20 Tamanho do texto A- A+

Acordo no TRT põe fim à greve dos motoristas de ônibus

Empresas darão reajuste salarial de 11,4% à categoria, que retoma as atividades

Mary Juruna/MidiaNews

Funcionários das empresas aprovam proposta no TRT; sistema volta a funcionar normalmente

Funcionários das empresas aprovam proposta no TRT; sistema volta a funcionar normalmente

LISLAINE DOS ANJOS
DA REDAÇÃO
Os trabalhadores do transporte coletivo de Cuiabá e Várzea Grande decidiram por fim à greve iniciada na última segunda-feira (27), após quase três horas de negociação entre funcionários e empresários, no Tribunal Regional do Trabalho de Mato Grosso (TRT-MT), na tarde desta terça-feira (29).

A audiência de conciliação foi intermediada pelo desembargador Edson Bueno, presidente do tribunal, e foi encerrada com a garantia aos trabalhadores de reajuste salarial de 11,4%.

Segundo informações do TRT-MT, não foram discutidas outras pautas no acordo, como planos de saúde e odontológicos, que também eram reivindicados pela categoria.

Com o reajuste, o piso salarial dos motoristas de ônibus subiu de R$ 1,5 mil para R$ 1.680,00. Já os cobradores passarão a ganhar R$ 1.037,00 e os fiscais, R$ 1.080,00.

Ficou acertado entre as partes, ainda, o pagamento de gratificação aos motoristas de transporte coletivo que trabalham sem o auxílio de cobradores.

A partir de agora, a bonificação paga será de R$ 110, até o mês de agosto deste ano. Em setembro, o valor da gratificação será dobrado, o que resultará em um salário de R$ 1,9 mil.

MTU

Ônibus foram depredados durante movimento grevista; categoria nega autoria

Negociação

A greve dos trabalhadores do transporte coletivo afetou cerca de 330 mil usuários de ônibus da Grande Cuiabá.

Muitas pessoas ficaram “ilhadas” nos bairros – principalmente, no primeiro dia de greve, quando nenhum ônibus deixou as garagens por cerca de cinco horas.

A situação entre os funcionários e as empresas Pantanal, União e Expresso Norte e Sul Transportes ficou ainda mais tensa depois que três veículos foram alvejados por pedras durante o movimento grevista.

O sindicato da categoria, porém, negou envolvimento com o fato e afirmou que o ato de vandalismo teria sido cometido por terceiros - até mesmo pelos próprios usuários.

O comércio também registrou queda no movimento de aproximadamente 30%, além de falta de funcionários, que não conseguiram meio de transporte para seguir para o trabalho.

Reivindicação


As principais reivindicações dos motoristas de ônibus era por um salário-base de R$ 2 mil e a concessão de plano de saúde por parte das empresas.

A última proposta feita à categoria pelos empresários, porém, era de aumento de 10,6% no salário-base dos motoristas - hoje fixado em R$ 1,5 mil - e 10% de reajuste para os demais trabalhadores do setor.

O início da audiência foi tenso, com a proposta dos empresários abaixo do valor antes prometido, posteriormente contornado pela intervenção do conciliador da audiência.

Leia mais sobre o assunto:

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3 Comentário(s).

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Valdecarlos  30.05.13 12h33
Como assim cobradores receberam 11,4% de aumento? Mas tem cobradores em Cuiabá? (nos ônibus). Ah e no acordo o aumento vai refletir nas passagens, alguém tinha dúvida?? É sempre o mesmo mote para reajuste. Eu não uso ônibus, mas está na hora de fazer a nossa greve. Isso não pode ficar assim, temos de acabar com esta máfia. O transporte público é um dever do poder público, pagamos duas vezes por ele, que além de não ser de qualidade o preço esta se tornando abusivo. População cuiabana, não vamos aceitar este abuso. E não adianta dizer que não é problema seu. O problema é de todos nós. Vamos cobrar, vamos protestar, não só com palavras e textos, mas com ações enérgicas.
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WELLIGTON  30.05.13 08h46
MORAL DA ESTÓRIA COMO SEMPRE COMPARANDO COM OS PROFESSORES DE UNIVERSIDADE: NUCA CONSEGUEM O QUE REIVINDICAM, MUITO BARULHO PARA POUCO REAJUSTE. QUEM SOFRE NESSES EXEMPLOS É POPULAÇÃO E OS ESTUDANTES
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Daniel  29.05.13 23h12
A passagem aumenta mais do que os salários desses trabalhadores. Uma pena.
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