LISLAINE DOS ANJOS
DA REDAÇÃO
A primeira composição do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) de Cuiabá, formada por sete módulos, deixou o Porto Seco da Capital na manhã desta sexta-feira (8) em direção ao Centro de Manutenção do modal, localizado em Várzea Grande, próximo ao Aeroporto Marechal Rondon.
Os vagões, divididos em três carretas, percorreram as principais avenidas da Capital e ficaram estacionados em frente à Praça das Bandeiras, na Avenida Historiador Rubens de Mendonça (Avenida do CPA), por cerca de 30 minutos, para apresentação à imprensa.
O presidente da MAC Logistic – empresa contratada para transportar os carros da fábrica da CAF, na Espanha, até o pátio de manutenção, em Várzea Grande –, Everaldo Barros, afirmou que toda a viagem da primeira composição durou 45 dias e serviu como “teste” para o transporte dos outros 39 carros que compõem o VLT.
"O maior percalço era certificar a garantia da integridade da mercadoria. Esse foi o nosso maior desafio"
“Para as próximas operações, esperamos que o tempo [de transporte] seja de 40 dias. O mais longo é o transporte oceânico, que levou 30 dias de viagem. Já o transporte rodoviário leva em torno de cinco dias do Porto de Santos (SP) até Cuiabá”, disse.
De acordo com Barros, a montagem de toda a logística levou seis meses para ser desenhada pela equipe de engenharia e projetos, uma vez que os vagões não podem ser içados e demandam um cuidado maior durante o transporte.
“Criamos uma logística que permitisse toda a execução do trabalho, sem içamento. Então, desde a Espanha, equipamos os caminhões que retiram da fábrica com trilhos, os contêineres também ganharam trilhos, assim como as carretas aqui no Brasil. O maior percalço era certificar a garantia da integridade da mercadoria. Esse foi o nosso maior desafio”, afirmou.
Segundo Barros, os trechos a serem percorridos no transporte dos próximos carros já estão definidos e os vagões não mais deverão passar por dentro da cidade, saindo do Porto Seco de Cuiabá, no Distrito Industrial, diretamente para Várzea Grande.
“Essa operação é um pouco mais delicada, porque transita por dentro da cidade. Em rigor, os próximos não farão esse trajeto. O outro trajeto já está definido, mas, por enquanto, não pode ser divulgado”, afirmou.
O presidente da empresa explicou ainda que os próximos vagões, previstos pelo Estado para serem entregues em dezembro deste ano, virão em lotes maiores e que todo o cronograma montado pela Secoap será cumprido.
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Pedro Alves/MidiaNews
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Primeiro carro do VLT "desfilou" pelas principais avenidas da Capital, nesta sexta-feira
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TrajetoO transporte da primeira composição do VLT está previsto para durar aproximadamente três horas, uma vez que as três carretas andam pela cidade em velocidade média de 30 km/h.
Segundo a Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo, os veículos passaram pelas avenidas das Torres, João Gomes Sobrinho, Juliano Costa Marques e Historiador Rubens de Mendonça (CPA), onde ficaram estacionados para a coletiva.
Na sequência, os vagões seguem pelas avenidas Tenente Coronel Duarte (Prainha), XV de Novembro e Beira Rio, até acessar a Ponte Sério Motta.
Em Várzea Grande, as carretas deverão passar pela Avenida 31 de Março, região do Zero Km e pelas avenidas Ulisses Pompeu de Campos, Couto Magalhães e Filinto Müller, até chegar ao Centro de Manutenções.
TestesNo Centro de Manutenções, o VLT será descarregado sobre os 50 metros de trilhos já assentados no local e passará por testes de comunicação, iluminação, passagem de energia, ar-condicionado, aceleração e frenagem.
De acordo com a Secopa, todos esses testes foram realizados na Espanha, antes do embarque, mas precisam ser refeitos após a viagem.
Próximos carros
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Pedro Alves/MidiaNews
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CEO da MAC Logistic, Everaldo Barros promete cumprir o cronograma estabelecido pela Secopa
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Ao todo, 25 das 40 composições adquiridas estão prontas para transporte, na região do Porto de Bilbao, na Espanha.
Mais quatro carros do VLT deverão desembarcar no Brasil ainda na primeira quinzena de dezembro, obrigando o uso de, pelo menos, 12 carretas para fazer o transporte até à Capital.
O VLTOrçada em R$ 1,477 bilhão, a obra do VLT está sendo executada pelo Consórcio VLT Cuiabá-Várzea Grande, formado pelas empresas Santa Bárbara, CR Almeida, CAF Brasil Indústria e Comércio, Magna Engenharia Ltda. e Astep Engenharia Ltda.
O novo modal será implantado nas principais avenidas de Cuiabá e Várzea Grande (Fernando Corrêa da Costa, Coronel Escolástico, Historiador Rubens de Mendonça, Tenente-Coronel Duarte - Prainha - e XV de Novembro na Capital e FEB, João Ponce de Arruda, na cidade vizinha), totalizando 22 km de extensão.
No trajeto estão previstas obras de artes especiais (trincheiras, viadutos e pontes), além da reestruturação da cobertura do córrego da Prainha.
Serão 33 estações de embarque e desembarque e três terminais de integração, localizados nas extremidades do trecho, além de uma estação diferenciada no Porto, onde também poderá ser feita a integração com o transporte coletivo (ônibus).
Cada composição tem capacidade para transportar até 400 passageiros (por veículo), sendo 72 sentados.
Entre os benefícios do novo modal está a oferta de um serviço de transporte público regular e de qualidade, confiável, confortável e seguro; redução da emissão de gases poluentes (pois é elétrico, com subestações próprias) e de ruídos; além de integrar o aeroporto à rede hoteleira e ao centro histórico de Cuiabá.
