LISLAINE DOS ANJOS
DA REDAÇÃO
Pouco mais de 1,9 mil pessoas confirmaram presença no “IV Ato Contra a Corrupção e a Violência”, previsto para ocorrer em Cuiabá nesta terça-feira (9), a partir das 17h, segundo a página do movimento no
Facebook.
Desta vez, o movimento ocorrerá, simultaneamente, em três pontos diferentes de concentração na cidade: na Praça Alencastro e ao lado do Terminal do CPA I, a partir das 17h, e em frente ao Shopping Pantanal, a partir das 18h.
Os grupos farão passeatas rumo a um destino: a Assembleia Legislativa de Mato Grosso, no Centro Político Administrativo.

"Hoje, eu não acredito que vá muita gente, mas essa é a tendência dos atos mesmos. Eles diminuem e, depois, aumentam novamente"
De acordo com um dos organizadores do evento, o estudante Caiubi Kuhn, a ideia de criar pontos diferentes de concentração ocorreu para garantir a participação de pessoas que não conseguem percorrer todo o trajeto normalmente realizado pelos manifestantes, da Praça Alencastro à AL, que tem aproximadamente 4,5 km.
“O destino final será a Assembleia Legislativa, aproveitando que os deputados estarão em sessão, para pressionar por respostas às nossas pautas”, disse.
O único ponto de concentração ainda não confirmado é o que ocorrerá no bairro CPA I, segundo o estudante.
“Tudo depende de como será a mobilização, para saber se haverá passeata saindo desse ponto também”, explicou.
Apesar dos últimos manifestos não terem registrado números significativos de participantes, como ocorreu na realização do 1º ato – quando 45 mil pessoas tomaram as ruas da Capital – o ativista acredita que os atos continuarão ocorrendo, uma vez que as reivindicações ainda não foram atendidas pelos governantes.
“Hoje, eu não acredito que vá muita gente, mas essa é a tendência dos atos mesmos. Eles diminuem e depois aumentam novamente. O importante é que as manifestações continuarão ocorrendo, independente do número de participantes”, afirmou o organizador.
Reivindicações
Entre os assuntos em pauta no protesto de hoje, segundo o ativista, estão resoluções para os problemas da saúde pública; retomada da construção do Hospital Central; a aprovação da lei iniciativa popular que pede pela saída das OSS [Organizações de Saúde]; a instauração de CPI para investigar o caso dos medicamentos vencidos; a total transparência dos recursos e gastos do governo pela internet e pela ampliação das verbas destinadas à Educação.

"As manifestações continuarão ocorrendo, independentemente do número de participantes"
Também serão levantadas bandeiras contra a corrupção e pela redução dos gastos da AL; pela aprovação do relatório paralelo da CPI do MT Saúde, apresentado pela deputada Luciane Bezerra (PSB); pela derrubada da Emenda 66, que reduziu 1/3 dos recursos da educação; pela apresentação de representação por quebra de decoro parlamentar do deputado José Riva (PSD); pela meia passagem intermunicipal para os estudantes; e aplicação correta do Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab).
Próximas manifestaçõesPara a próxima quinta-feira (11), é esperada a adesão da Capital à mobilização nacional de greve geral no país, convocada pelas centrais e entidades sindicais, segundo o estudante.
“Haverá movimentos no CPA e em frente à Prefeitura de Cuiabá. A ideia é unificar os atos que estarão ocorrendo desde o início da tarde em vários pontos da Capital pelas entidades sindicais e seguirem juntos da Praça 8 de Abril até à Praça Alencastro”, explicou.