Cuiabá, Domingo, 15 de Junho de 2025
TARIFA DE R$ 2,95
10.01.2013 | 07h12 Tamanho do texto A- A+

Prefeitura vai revisar planilha de custo apresentada por empresas de ônibus

Gestores prometem revogar aumento em caso de irregularidades

Thiago Bergamasco/MidiaNews

Ônibus: população está pagando mais caro pela tarifa, mas serviço continua insatisfatório

Ônibus: população está pagando mais caro pela tarifa, mas serviço continua insatisfatório

LISLAINE DOS ANJOS
DA REDAÇÃO
A Prefeitura de Cuiabá e a Câmara de Cuiabá irão revisar a planilha de custos apresentada pelas empresas concessionárias do transporte coletivo na Capital, a fim de verificar se houve irregularidades no aumento da tarifa do ônibus municipal, que aumentou de R$ 2,70 para R$ 2,95.

A medida foi tomada após duas horas de protestos em frente ao Palácio Alencastro na manhã desta quarta-feira (9), que reuniu quase 200 pessoas, entre elas líderes da Frente de Luta pela Revogação do Aumento da Tarifa do Transporte Pública de Cuiabá e Várzea Grande. Leia mais AQUI.

"Eles assumiram o compromisso de verificar as planilhas de custos apresentadas pelas empresas e, em caso de constatação de qualquer irregularidade, irão revogar o aumento"

Na reunião realizada entre as lideranças do movimento, o representante da Câmara Municipal, vereador Allan Kardec (PT), os secretários de Governo, Fábio Garcia, e de Trânsito e Transportes Urbanos, Antenor Figueiredo, foi decidido que a apresentação dos relatórios sobre a revisão será feita no dia 5 de fevereiro.

“Eles assumiram o compromisso de verificar as planilhas de custos apresentadas pelas empresas e, em caso de constatação de qualquer irregularidade, irão revogar o aumento”, afirmou o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), João Dourado.

Os manifestantes deverão se mobilizar em frente à Câmara de Vereadores no dia 5 de fevereiro para receber o posicionamento do governo municipal sobre o assunto. Até lá, as manifestações na Capital deverão ser suspensas, segundo Dourado.

Uma revisão paralela da planilha também será feita pela Frente, a fim de pedir a intervenção do Ministério Público Estadual, caso seja necessário.

“Vamos protestar também no Terminal André Maggi, em Várzea Grande, porque os moradores de lá também sofrem com a má qualidade do serviço e do terminal”, disse Dourado.

Irregularidades


Os manifestantes reclamam que a nova tarifa compromete até 20% da renda do trabalhador que recebe um salário mínimo, hoje fixado em R$ 678, o que força alguns usuários a abandonarem o transporte público e optarem pelo de transportes alternativos, como bicicletas, ou até mesmo andarem a pé.

Dourado afirmou que o transporte público municipal está sucateado e, com a saída dos cobradores, seria esperada uma redução nos custos dos empresários, o que não justificaria o aumento da passagem.

Além disso, a ausência dos cobradores acabou por colocar em risco a segurança dos usuários, que não mais contam com auxílio no momento de embarque e desembarque dos veículos.

"A equipe de transição não tem nada a ver com o aumento. Nossos atos são independentes dos atos da gestão anterior"

Outro lado

O secretário de governo, Fábio Garcia, afirmou que ainda é cedo para apontar irregularidades no contrato que prevê o reajuste anual da tarifa do transporte público e que deverá convidar os representantes da Agência de Regulação de Serviços Públicos Delegados de Mato Grosso (Ager-MT), que autorizaram o aumento da tarifa, para realizar a revisão das planilhas.

Ele nega, porém, que seja necessária a mudança nos trâmites seguidos hoje pelo Governo Municipal para autorizar o reajuste das tarifas de ônibus. “Vamos primeiro verificar se realmente existe alguma irregularidade, para daí decidirmos se é necessário mudar os trâmites atuais”, afirmou.

O titular da SMTU, Antenor Figueiredo, disse que a Pasta vai verificar toda a frota em uso no município para saber as reais condições do transporte público na Capital. Ele nega, porém, que a gestão atual, sob o prefeito Mauro Mendes (PSB), tenha consentido ou influenciado, de alguma forma, com o reajuste da tarifa.

“Assumimos o governo há sete dias. A equipe de transição não tem nada a ver com o aumento. Nossos atos são independentes dos atos da gestão anterior”, disse.

Aumento da tarifa


O aumento “relâmpago” da passagem foi sancionado pelo então prefeito Chico Galindo (PTB) no dia 28 de dezembro, pegando de surpresa mais de 350 mil usuários do transporte coletivo – clique AQUI.

Para justificar o aumento, as empresas alegam aumento no valor do combustível (óleo diesel menos poluente, que seria 23% mais caro que o comum) e reajuste do salário dos empregados.

A integração entre as linhas e o aumento do consumo dos veículos por cada viagem, em virtude dos desvios das obras da Copa do Mundo de 2014, também foram justificativas usadas para o aumento da passagem.

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COMENTÁRIOS
5 Comentário(s).

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jJosé Ribamar Bezerra Sá  10.01.13 15h15
NÃO FOSSE A CHIADEIRA DA POPULAÇAO SOBRE OS AUMENTOS ABUSIVOS DA TARIFA DOS COLETIVOS E DO IPTU, A PREFEITURA E A CAMARA DE CUIABÁ, COM TODA A CERTEZA,CONTINUARIAM COMO SEMPRE: FINGINDO DE MORTOS, DORMINDO ETERNAMENTE EM BERÇO ESPLÊNDIDO!!!
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José Ribamar Bezerra Sá   10.01.13 15h03
Aqui em Cuiabá paga-se a mesma tarifa dOs coletivos de cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte,etc, onde os PERCURSOS(e CUSTOS)são dez vezes maiores que os daqui! Essa justificativa de aumento no preço do combustivel e nos salários não cola!
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Marcelo  10.01.13 09h12
Irão analisar... quer dizer que não faziam isto anteriormente?? Que interessante né? para que serve o trabalho do vereador? e a prefeitura não tem ninguém capaz de analisar e "questionar" uma planilha... ...MAURO VOCÊ VAI TER MUITO TRABALHO PELA FRENTE, caso queira implantar um mínimo de gestão nesta prefeitura... a boa notícia é que se vc tivesse sido eleito em VG o trabalho seria infinitamente mais complicado.
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Rodrigo  10.01.13 09h10
A verificação deve ser feita antes. Isso não existe. Suponhamos que não esteja legal.. e o que já receberão até essa data? E outra: quer dizer que se não houvesse o protesto eles não iriam analisar essa tal planilha. E 1 mês para fazer isso?
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Teodoro da Silva  10.01.13 07h26
Prá que revisar tarifa de õnibus! Todo mundo sabe que em um ano o custo de vida subiram, os preços de tudo subiram. Eu por exemplo em janeiro de 2012 a minha despesa com alimento em casa era de R$ 580.00 hoje é R$ 1.050,00. Aumentou R$ 470,00. O que precisa é aumentar também o salário dos trabalhadores ou não ter aumento nos generos alimenticios e outra coisas. Veja o aumento do IPTU. Por isso que agente não consegue pagar as dividas e com isso surge as corrupção como aconteceu com o IPTU na prefeitura de Cuiabá.
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