Cuiabá, Domingo, 15 de Junho de 2025
PF DE BRAÇOS CRUZADOS
05.09.2012 | 10h52 Tamanho do texto A- A+

Greve reduz flagrantes e apreensão de drogas em MT

Servidores prometem manifestações nacionais na próxima sexta-feira (7)

Thiago Bergamasco/MidiaNews

Sem acordo com a União, greve dos agentes da Polícia Federal continua

Sem acordo com a União, greve dos agentes da Polícia Federal continua

LISLAINE DOS ANJOS
DA REDAÇÃO
A greve da Polícia Federal em Mato Grosso continua refletindo no comprometimento dos serviços prestados à população pelos agentes, escrivães e papiloscopistas da instituição. Na próxima sexta-feira (7), a greve completa 30 dias.

De acordo com informações da assessoria da PF, desde o início da greve, deflagrada em 7 de agosto deste ano, o número apreensões de entorpecentes no Estado caiu drasticamente, se comparado com o mesmo período do ano passado.

Em 2011, entre 7 de agosto e 5 de setembro, foram realizados 17 flagrantes, que resultaram na apreensão de mais de 578 kg de drogas, entre cocaína (79,3 kg), maconha (180,8 kg) e pasta-base (318,3 kg).

Neste mesmo período, ,este ano, apenas sete flagrantes foram feitos pela PF, resultando na apreensão de pouco mais de 77,5 kg de cocaína.

Próximos passos


Os servidores já aprovaram, em videoconferência realizada na terça-feira (4), um calendário de mobilização que vai até dezembro de 2012.

Segundo informações da Fenapef (Federação Nacional dos Policiais Federais), no dia 7 de setembro, quando é comemorado o Dia da Independência do Brasil, manifestações nacionais da categoria devem chamar a atenção da sociedade.

Sem acordo

Os grevistas da PF não aceitaram a proposta feita pelo Governo Federal, que encerrou as negociações na última semana e, por isso, a paralisação das atividades continua por tempo indeterminado.

Sem proposta de reestruturação de carreira e de posse de uma liminar que impede o corte de ponto, cerca de 50 policiais federais irão seguir até o Hemocentro de Cuiabá, em protesto, nesta quarta-feira (5), para doar sangue.

Serviços comprometidos


Além das ações de combate ao tráfico de drogas, também estão comprometidos os serviços de emissão de novos passaportes e a fiscalização da fronteira do Estado.

Os agentes garantem que manterão os serviços essenciais em funcionamento, como, por exemplo, a emissão de passaportes já agendados previamente, a fim de não prejudicar tanto a população.

As investigações em curso no órgão também foram interrompidas, com os serviços se limitando à guarda de presos e plantões nas delegacias.

Reivindicações

A falta de efetivo, uma das reclamações feitas pela categoria em todo o país, e é uma realidade em todo o Estado, que tem sua fronteira desprotegida.

Os grevistas também pedem por melhores condições de trabalho, reestruturação de carreira e aumento salarial. Com o pedido feito pelos agentes, o piso salarial passaria dos atuais R$ 7,7 mil para R$ 12 mil, a partir do próximo ano.

A saída do diretor-geral da PF, delegado Leandro Daiello Coimbra, também está na lista de reivindicações apresentada pela Fenapef à União.

Adesão


De acordo com informações da Federação, aproximadamente 70% da corporação aderiram ao movimento de paralisação, e apenas 30% do efetivo foi mantido para atender a casos emergenciais.

De um total de nove mil servidores, entre agentes federais, escrivães e papiloscopistas, cerca de seis mil cruzaram os braços.

Um levantamento feito pela Federação apontou que essa greve já é considerada a maior realizada pela Polícia Federal, com adesão de integrantes da corporação nos 26 estados e no Distrito Federal.

Em Mato Grosso, o início da greve foi marcado pela ocupação do prédio da Superintendência em Cuiabá, na Avenida do CPA, onde os agentes continuam mobilizados. Nas delegacias do interior, houve protestos e paralisação dos serviços.

Na quarta-feira (8), os delegados da PF em Mato Grosso também paralisaram as atividades, por 24 horas, em apoio ao movimento grevista, mas retomaram os serviços.

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COMENTÁRIOS
4 Comentário(s).

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Fernanda  05.09.12 17h56
O comentário do José não é verdade. Governo LULA esqueceu os Policiais Federais...
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marcelo  05.09.12 16h46
o que os PFs querem é a valorização justa da carreira de nível superior e reestruturação, e não um simples índice de aumento.São eles que estão ficando longe de suas famílias,se arriscando, para servir à sociedade.Ninguém está mal acostumado.pq um auditor da receita federal ganha mais de 13 mil iniciais, e um analista do BC mais de 12 mil iniciais, e um agente da PF,QUE TAMBÉM TEM CURSO SUPERIOR,ganha bem menos?
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Fernando Lemos  05.09.12 13h48
muito bem... quem não é visto não é lembrado... a Polícia Federal merece ser valorizada pelo brilhante trabalho que vem fazendo ao longo dos anos...
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José Ribamar Bezerra Sá  05.09.12 12h16
Esses servidores estão mal acostumado com a liberaridade e leniência e falta de limites que lhes foi concedida durante o governo LULA!!!
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