LISLAINE DOS ANJOS
DA REDAÇÃO
Menos de dez pessoas compareceram à Praça Alencastro, no Centro de Cuiabá, na tarde desta terça-feira (9), para participarem do “IV Ato Contra a Corrupção e a Violência”.
O manifesto, que teria três pontos de concentração – Praça Alencastro, Terminal do CPA I e Shopping Pantanal – precisou ser cancelado por falta de participantes.
Na página do movimento no
Facebook, porém, mais de 1,9 mil pessoas haviam confirmado presença.
Para o estudante Caiubi Kuhn, uma dos organizadores do movimento, faltou uma mobilização maior por meio das redes sociais para que as pessoas voltassem às ruas, como ocorreu na 2ª edição do ato, que reuniu aproximadamente de 45 mil pessoas.
Mary Juruna/MidiaNews
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"A nossa luta não para hoje", diz Caiubi Kuhn, um dos organizadores do evento
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“Daquela vez, convidamos mais de 200 mil pessoas. Agora, convidamos apenas 30 mil”, disse.
No último manifesto marcado para pedir pela sanção do prefeito Mauro Mendes (PSB) a projetos ligados ao uso do passe livre na capital, ocorrido no último final de semana, menos de 100 pessoas foram às ruas.
O ativista afirmou, porém, que a falta de participantes não irá diminuir o número ou a força das mobilizações na cidade.
“Estamos tendo um momento único de discussão política no país. Os governantes sabem que estão sendo vigiados. Mas, o Brasil ainda está começando a se organizar, a se mobilizar. A nossa luta não para hoje. Enquanto houver pautas e interesse da população, haverá manifestação”, disse.
Kuhn afirmou que a passeata deverá ser reagendada na Capital, provavelmente para depois do recesso dos parlamentares estaduais, em meados de agosto.
O meio de mobilização, segundo ele, continuará sendo as redes sociais.
“Essa ainda é a nossa melhor ferramenta, até porque não temos verbas para arcar com os custos de uma panfletagem ou algo do tipo”, afirmou.
Próximas manifestaçõesO estudante acredita que a próxima grande mobilização que deverá ocorrer na Capital será a greve geral agendada para a próxima quinta-feira (11) pelas entidades sindicais e os movimentos sociais.
Em Cuiabá, os manifestantes em prol do passe livre irão se concentrar a partir das 16h30 na Praça Alencastro, em frente à Prefeitura de Cuiabá.
Os professores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) também devem aderir ao movimento nacional e suspenderão as aulas na instituição.
Mary Juruna/MidiaNews
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Grupo decidiu cancelar a manifestação, que seguiria em direção à Assembleia Legislativa
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Centrais sindicais e movimentos sociais irão se mobilizar na Praça 8 de Abril, no Centro da Capital, a partir das 17h.
“Haverá ainda mobilização do Comitê em Defesa da Saúde Pública, contra a contratação de Organizações Sociais de Saúde (OSS) pelo Governo do Estado, a partir das 14h, e manifestação de entidades sindicais na região do Grande CPA, também nesse horário”, disse o estudante.
Segundo o ativista, os manifestantes devem se encontrar na Praça Oito de Abril no final da tarde e seguir em passeata pelas ruas do centro da Capital, até chegar à Praça Alencastro.
ReivindicaçõesEntre os assuntos que estavam em pauta no protesto previsto para hoje estavam resoluções para os problemas da saúde pública; retomada da construção do Hospital Central; a aprovação da lei de iniciativa popular que pede a saída das OSS [Organizações de Saúde]; a instauração de CPI para investigar o caso dos medicamentos vencidos; a total transparência dos recursos e gastos do governo pela internet e pela ampliação das verbas destinadas à Educação.
Também seriam levantadas bandeiras contra a corrupção e pela redução dos gastos da AL; pela aprovação do relatório paralelo da CPI do MT Saúde, apresentado pela deputada Luciane Bezerra (PSB); pela derrubada da Emenda 66, que reduziu 1/3 dos recursos da educação; pela apresentação de representação por quebra de decoro parlamentar do deputado José Riva (PSD); pela meia passagem intermunicipal para os estudantes; e aplicação correta do Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab).