LISLAINE DOS ANJOS
DA REDAÇÃO
Menos de 100 pessoas participaram do “Ato em Defesa do Transporte Público”, realizado no Centro da Capital, na tarde desta quinta-feira (4).
A concentração teve início às 17h e contava com cerca de 50 pessoas, que aproveitavam o momento para pintar faixas e cartazes.
Apesar do número reduzido de participantes, o protesto não foi cancelado. O trajeto, porém, precisou ser alterado, a fim de manter a segurança dos participantes, segundo os organizadores do evento.
Algumas dezenas de pessoas se juntaram à manifestação quando ela teve início, por volta das 18h25.
De posse de cartazes e faixas e acompanhados por um carro de som e seis agentes de trânsito (amarelinhos), os manifestantes saíram da Praça Alencastro e seguiram pela Rua Pedro Celestino, no Centro Histórico de Cuiabá.
Em seguida, eles viraram à direita, na Rua Campo Grande, em direção à Avenida Tenente-Coronel Duarte (Prainha), onde ocuparam o lado direito da pista (sentido Centro-Porto).

"A gente foi às escolas, convidou, e a galera quer ir para as ruas. Mas, há todo um impedimento dos diretores, professores e dos próprios pais"
Como o grupo era pequeno, apenas duas faixas da pista foram ocupadas pelos manifestantes, enquanto uma ficou liberada para o tráfego geral de veículos.
Segundo o estudante Caiubi Kuhn, um dos organizadores do manifesto, houve dificuldade em levar os estudantes para as ruas, apesar de toda a mobilização feita nas escolas da rede pública de ensino.
“A gente foi às escolas, convidou, e a galera quer ir para as ruas. Mas, há todo um impedimento dos diretores, professores e dos próprios pais”, disse.
O número de participantes nas ruas da Capital hoje deixou alguns participantes desanimados, que reclamam da falta de mobilização dos cuiabanos.
Uma senhora que passava pelo local reclamou, inclusive, do “barulho” que o grupo fazia em frente à Prefeitura de Cuiabá, sendo sonoramente vaiada pelos ativistas.
Palavras de ordemDurante todo o protesto, imperaram os gritos de palavras de ordem contra o prefeito Mauro Mendes (PSB) e a redução de R$ 0,10 na tarifa de ônibus, contra o sucateamento da frota que atende ao sistema de transporte público e a favor da sanção aos cinco projetos aprovados pela Câmara Municipal.
Os manifestantes também pediram a revogação do aumento da tarifa realizado em dezembro de 2012 – quando a passagem subiu de R$ 2,70 para R$ 2,95 – e o fim da concessão do serviço às empresas privadas.
Isa Sousa/MidiaNews
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Manifestantes pediram por melhorias nos ônibus que circulam pela Capital e redução da tarifa
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Projetos aprovadosOs projetos que foram aprovados por unanimidade pelos vereadores, sob pressão dos manifestantes, e que necessitam da sanção do prefeito Mauro Mendes (PSB) para serem válidos, tratam da garantia do passe livre para alunos de pós-graduação, cursinhos pré-vestibular, supletivos e cursos técnicos e passe livre estudantil nos dias em que as instituições de ensino informarem a existência de atividades educacionais, esportivas e culturais.
Os projetos ainda contemplam o aumento do tempo de integração de 1h30 para 2h30; proibição da dupla função do motorista, que fica impedido de cobrar a passagem; e liberação do pagamento da passagem em dinheiro (atualmente os ônibus só funcionam com o cartão-transporte e sem cobrador).