LISLAINE DOS ANJOS
DA REDAÇÃO
Os médicos de Mato Grosso voltam a protestar nestaterça-feira (23), em todo o Estado, contra os baixos investimentos na Saúde Pública e as mais recentes decisões do Governo Federal em importar médicos estrangeiros sem a aplicação da prova para revalidação do diploma e os vetos dados à Lei do Ato Médico.
Durante esse dia, os serviços eletivos serão suspensos e apenas atendimentos de urgência e emergência serão mantidos, bem como serão mantidas as escalas de plantão.
Essa é a segunda paralisação realizada pelos médicos no Estado. O ato faz parte de um calendário nacional da categoria que lançou o Movimento Médicos pela Saúde. Também há paralisações agendadas para os dias 30 e 31 de julho.
Segundo a presidente do Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT), a Grande Cuiabá conta com 1,4 mil médicos. Além deles, estudantes de Medicina também são esperados para engrossar o “coro” do protesto.
“O governo tem tomado medidas arbitrárias, que demonstram total desrespeito com os médicos brasileiros e também com a população. A nossa classe está unida e vai lutar para reverter esse quadro. Nosso maior objetivo é garantir que todo cidadão brasileiro tenha o seu direito de receber um atendimento digno, de qualidade e por profissionais capacitados”, disse.
As ações são organizadas pelo CRM-MT, Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed), Associação Médica (AMMT) e Academia de Medicina.
No Brasil, o calendário nacional é coordenado pela Federação Nacional dos Médicos (Fenam), pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), pela Associação Médica Brasileira (AMB) e Associação Nacional dos Médicos Residentes (ANMR), além das faculdades.
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