FLÁVIA BORGES
DO MIDIAJUR
A advogada Luciana Serafim garantiu que sua candidatura à presidência da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Mato Grosso (OAB-MT), está cada dia mais firme e "irredutível".
Para ela, é necessário mudar a forma como a classe vem sendo tratada pela atual gestão. A eleição para escolha do novo presidente acontece em 3 de novembro. O atual presidente Cláudio Stábile deve disputar a reeleição.
Ex-secretária geral da OAB-MT na gestão de Francisco Faiad, antecessor de Cláudio Stábile, Luciana afirmou que a entidade mudou drasticamente a maneira de se relacionar com os advogados.
"Hoje, os advogados não têm acesso à Ordem. Quem consegue chegar até lá são os amigos do rei", disparou Luciana, em entrevista ao
MidiaJur.
Após fazer denúncias contra Faiad, que resultaram na instauração de um inqúerito civil pela Procuradoria Regional da República de Mato Grosso, a advogada preferiu não polemizar mais e, agora, adota uma postura mais "light".
"A OAB tem de estar acima disso. Não estamos ligados a rótulos", afirmou, numa referência à força política que influencia nas decisões e escolhas dos dirigentes da entidade.
"Candidatíssimo"Outro advogado que garantiu não abrir mão da candidatura é Pio da Silva. Nas últimas eleições, ele ensaiou entrar na disputa, mas acabou desistindo 30 dias antes da votação.
"Eu não vou desistir. A atual gestão está no poder há 18 anos. Só Deus para me fazer recuar e não registrar minha chapa", afirmou o advogado.
Ele explicou que vai defender uma maior participação feminina na OAB-MT.
"Do total de advogados no Estado, 46% são mulheres. Então, nada mais justo que elas participem da gestão", disse.
Pio afirmou que ainda não decidiu os nomes que vão compor sua chapa, mas garantiu que como vice irá escolher uma mulher. "Vamos contar com, pelo menos, 30 mulheres", prometeu.
Em seu discurso, Pio também destacou que ele representa o único candidato que, verdadeiramente, tem condições de fazer oposição ao atual grupo que controla a Ordem.
"Todos os pretensos candidatos da oposição já fizeram parte do atual grupo e por algum motivo se rebelaram. Eu não. Eu nunca fiz parte deste atual grupo que está no monopólio da OAB. Então, eu sou o único candidato de oposição", completou o advogado.