A bancada do PR no Senado decidiu, nesta terça-feira (3), formar um bloco partidário com o PTB, o que, na prática, representa a volta dos senadores do partido à base de apoio da presidente Dilma Rousseff.
Há pouco mais de um mês, os senadores do PR haviam rompido com o Governo para fazer oposição a Dilma no Senado - mas voltaram atrás depois de serem recebidos hoje pela presidente.
O líder do PR no Senado, Blairo Maggi (MT), negou que Dilma tenha oferecido o Ministério dos Transportes à bancada do Senado como contrapartida ao retorno à base. O ministério é a principal reivindicação do PR junto ao Governo.
"Não tratamos de ministério, nem vamos tratar", disse.
O senador afirmou que agiu no "calor das emoções", quando anunciou o ingresso do PR na oposição. "A nossa manifestação, naquela ocasião, foi mais pela falta de atenção do Governo com o partido."
Dilma se reuniu hoje com Maggi, no Palácio do Planalto, na tentativa de se reaproximar do partido. Apesar de o líder adotar o discurso de que o PR continuará "independente" nas votações do Senado, ele admite que a sigla está mais próxima do Governo e fora da oposição.
"A presidente me convidou para voltarmos a conversar. É um bloco de apoio porque o PTB faz parte do governo. O PR está voltando a namorar com o governo."
O PR decidiu se unir com o PTB para ter mais força política no Senado. Juntos, as duas siglas somam 12 senadores. "Queremos participar mais ativamente no Senado. Ficar sem bloco nos deixa em desvantagens nas relatorias e nas comissões", disse o líder.
“Como o PTB já estava na base, fomos apenas comunicar ao Planalto nosso retorno. Na ocasião, a presidente Dilma já me chamou para que possamos voltar à discussão. Então, a situação do PR com o governo na verdade ainda não evoluiu, mas, ao integrar esse bloco marcamos a reabertura de uma porta para voltar a conversar”, explicou Blairo Maggi.
Na prática, os 12 senadores que compõem o novo bloco elevam a força dos seus partidos dentro do Congresso, o que não quer dizer que tenham interdependência.
“Como a partir de hoje temos um bloco grande, vamos ver como ficaremos reposicionados. Mas, até agora estamos todos dispostos como partido, cada um com a sua independência”, destacou Maggi.
Crise
A crise entre o partido e Dilma começou com a queda de Alfredo Nascimento no Ministério dos Transportes, em julho passado. A presidente decidiu manter o secretário-executivo, Paulo Passos, na titularidade da pasta e delegou à ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) a negociação com o PR sobre a indicação de um novo nome do partido.
Sem a definição do governo, o partido anunciou que faria oposição a Dilma no Senado. Na época, Maggi disse que os senadores voltariam à base se a presidente entregasse à pasta um nome apoiado pelo partido.
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3 Comentário(s).
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ELIAS BERNARDO 04.04.12 07h37 | ||||
O TÍTULO DIZ TUDO: A VOLTA DOS QUE NÃO FORAM. PALHAÇARIA PURA! AFINAL, ESSA TURMA NÃO ESTÁ DOIDONA PARA FAZER ESSE ROMPIMENTO COM O GOVERNO FEDERAL. ÊTA BRASIL. É BEM MATO GROSSO!!! | ||||
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Rubens 04.04.12 07h10 | ||||
Depois dessa do Demóstenes, pode-se esperar bomba a qualquer momento. | ||||
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antonio carmos pinheiro 03.04.12 17h39 | ||||
amigos o que eu vou dizer de uma postura como esta,,,as vezes eu penço será que tÔ no partido certo,,,as vezes defendo o senador blairo,,,mais ele tem se tonado um politico sem opinião decidida,,,tem deixado todos nos sem rumo,,,apezar que sou ante PT e todos que o apoiam | ||||
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