LISLAINE DOS ANJOS
DA REDAÇÃO
Amigos do colunista social José Jacinto de Siqueira, o "Jejé de Oyá", irão realizar um jantar tipicamente cuiabano no dia 4 de maio, a partir das 20 horas, com o objetivo de angariar recursos para garantir sua moradia no Residencial Geriátrico Casa Nova, uma casa de repouso privada, localizada no bairro Boa Esperança, em Cuiabá.
O colunista sofreu dois Acidentes Vasculares Cerebrais (AVCs), se encontra bastante debilitado e não possui recursos suficientes para cobrir suas despesas com moradias, medicamentos alimentação e produtos de higiene pessoal.
Servidor aposentado da Receita Federal, a renda mensal de Jejé é de cerca de R$ 3 mil. Esse valor, segundo as informações, está parcialmente comprometido com empréstimos consignados feitos por terceiros.
A Ação Entre Amigos, que recebeu o nome de “Peixada Cuiabana by Jejé de Oyá”, irá ocorrer no Cenarium Rural, no Centro Político e Administrativo (CPA).
O convite individual custa R$ 100, enquanto a mesa para cinco pessoas está sendo vendida a R$ 500. A meta dos amigos de Jejé é arrecadar aproximadamente R$ 35 mil, o que pagaria, pelo menos, um ano da estadia do colunista na casa de repouso.
Quem quiser contribuir de alguma forma para melhorar a qualidade de vida de Jejé ou adquirir o ingresso para a peixada deverá telefonar para (65) 9996-4883 (Bárbara Fontes).
ApoioEm busca de parcerias que permitam a realização do evento, Jejé esteve na Assembleia Legislativa, acompanhado de seu procurador e compadre Fábio Roberto da Silva – com quem mora, atualmente, no bairro CPA IV – e de uma das organizadoras do evento, Bárbara Fontes, nesta quinta-feira (14).
O presidente do Legislativo, deputado José Riva (PSD), garantiu que irá contribuir com a causa.
“Jejé merece nosso apoio, como pessoa humana que é, e também pela sua luta cultural desenvolvida em Cuiabá. Jejé tem uma militância e representatividade histórica”, disse o parlamentar.
TrajetóriaJejé de Oyá foi um dos primeiros colunistas sociais a retratar a sociedade cuiabana.
Ele nasceu no município de Rosário Oeste (130 km de Cuiabá) e, aos quatro anos, chegou à Capital, adotado por uma tradicional família cuiabana. Sua mãe sofria de problemas mentais e não podia cuidar dele da maneira adequada.
Posteriormente, ele se formou em alfaiataria pelo Instituto Salesiano São Gonçalo, onde fez sucesso costurando roupas sacerdotais - teve como clientes figuras com Dom Orlando Chaves e Dom Aquino Correa -, vestes que somente ele sabia fazer, devido à dificuldade envolvida no processo.
Ao sair do internato, ele continuou costurando, sempre para pessoas de destaque da época, como governadores, secretariados e suas respectivas famílias, desistindo do ofício apenas quando peças produzidas em grande escala passaram a tomar conta do mercado local.
É considerado o decano dos colunistas sociais e foi também um grande carnavalesco.