Falta de água já atinge 70 bairros; Prefeitura aciona Justiça

A falta de abastecimento de água já atinge moradores de aproximadamente 70 bairros da Capital, em decorrência da greve deflagrada, na última segunda-feira (12), pelos servidores da Companhia de Saneamento da Capital (Sanecap).

Parte da população está preferindo desembolsar cerca de R$ 200 para contratar caminhões-pipa e encher as caixas d’águas das residências. Outros tentam fazem frete e carregam caixas d'águas de um bairro para o outro, para abastecer.

No final da tarde desta quinta-feira (15), a assessoria jurídica da Sanecap, em conjunto com a Prefeitura de Cuiabá, ingressou na Justiça Estadual, com pedido de liminar, declarando a ilegalidade da greve.

De acordo com a assessoria da companhia, os concursados não estão respeitando o mínimo de 30% do quadro de servidores trabalhando durante a paralisação, como manda a lei. Como se trata de um serviço essencial à população, esse tipo de atitude está prejudicando ainda mais os cuiabanos.

A reivindicação dos servidores da Companhia é por uma melhor proposta, por parte do prefeito Chico Galindo (PTB), para o Plano de Demissão Voluntária (PDV). Duas propostas feitas pelo Município já foram rejeitadas pela categoria até o momento – clique aqui.

Nesta sexta-feira (16), a partir das 13h, uma audiência de conciliação será realizada entre as partes, intermediada pelo Ministério Público do Trabalho em Mato Grosso (MPT).

A reportagem tentou contato com o procurador-geral do Município, Fernando Biral, e com o secretário de Comunicação, Carlos Brito, mas não teve retorno.

Segundo a assessoria da Sanecap, os servidores não querem apenas que a Prefeitura de Cuiabá apresente uma proposta única de PDV para todos os servidores concursados – sem distinção entre aqueles que ingressaram em 2002 e 2009 –, que somariam cerca de 470 trabalhadores.

A categoria estaria pedindo também que o mesmo benefício fosse estendido aos funcionários que prestam serviços à Companhia, que são terceirizados, totalizando assim 700 trabalhadores.

De acordo com a assessoria, esse seria um dos obstáculos que estariam atrasando o andamento das negociações entre as duas partes.

O MidiaNews tentou contato com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Água, Esgoto e Saneamento Ambiental (Sintaesa), Ideueno Fernandes de Souza, e também com o secretário-geral do sindicato, Roberto Fernandes, mas as ligações feitas para os celulares de ambos não foram atendidas nem retornadas até a edição desta matéria.