Cuiabá, Segunda-Feira, 16 de Junho de 2025
PROFESSORES EM GREVE
02.10.2013 | 07h45 Tamanho do texto A- A+

Líder do Governo é contra o corte de ponto e exoneração

Deputados dizem que Governo chegou ao limite e pedem “bom senso” da categoria

Pedro Alves/MidiaNews

Líder do Governo, J. Barreto defende uma saída negociada para a greve dos professores

Líder do Governo, J. Barreto defende uma saída negociada para a greve dos professores

LISLAINE DOS ANJOS
DA REDAÇÃO
O líder do Governo na Assembleia Legislativa, Hermínio J. Barreto, se posicionou contra a postura adotada pelo governador Silval Barbosa (PMDB) de ameaçar cortar ponto e exonerar os professores que não retornarem às salas de aulas.

Ao MidiaNews, Barreto disse que o Governo atendeu ao apelo feito pela categoria, ao apresentar a proposta de reajuste salarial de forma escalonada a partir de maio de 2014 – com previsão de aumento de 100% até 2023 –, e lamentou a recusa por parte do Sindicato dos Trabalhadores da Educação em Mato Grosso (Sintep-MT).

“Sou contra radicalizar, cortar ponto e dizer que vai exonerar, mas o Governo tem que ter alguma atitude, porque, afinal de contas, se trata do governador do Estado. Se o Governo cedeu, apresentou proposta, o Sintep também tem que dar equilíbrio”, disse.

"Sou contra radicalizar, cortar ponto e dizer que vai exonerar, mas o Governo tem que ter alguma atitude, porque, afinal de contas, se trata do governador do Estado"

O parlamentar disse que “falta ponderação do sindicato”.

“Digo isso, sem medo de errar. E olha que eu tenho uma professora dentro de casa, mas, desta vez, vejo que grande parte dos professores estão com dúvidas quanto a esse movimento do sindicato”, afirmou.

Para Barreto, é necessário que haja mais diálogo entre as partes, ainda que intermediada pela Assembleia Legislativa, antes que qualquer atitude radical seja tomada.

“Acho que o Governo fez uma proposta do tamanho do que o Estado pode oferecer. Se se analisarem os estados vizinhos, como Goiás e Mato Grosso do Sul, que só dão inflação por 40 horas/aula, enquanto aqui a regra é por 30 horas/aula, verá que Mato Grosso é um dos estados mais modernos e que mais atenderam às reivindicações da categoria”, afirmou o deputado.

Consequências


O deputado estadual Emanuel Pinheiro (PR) lembrou que a greve dos professores, que está prestes a completar 60 dias, está causando um prejuízo muito grande para 450 mil alunos da rede pública estadual.

“Estamos preocupados e angustiados. O Governo fez muito, esticou bastante e chegou quase ao seu limite. E é aí que eu acho que a gente precisa dar dois passos para trás para avançar cinco [passos]. Está faltando isso para os dois lados”, disse.

Segundo Pinheiro, falta o uso do bom senso dos dois lados para que o impasse seja resolvido.

“É necessário que seja feita a valorização dos profissionais de Educação e que se priorize a educação pública, mas o Governo deve fazer isso com a responsabilidade e equilíbrio do caixa. Às vezes, essa equação não é muito fácil”, afirmou.

O parlamentar defendeu que o governador Silval Barbosa (PMDB) “avançou muito” na tentativa de atender às reivindicações da categoria e que agora cabe aos profissionais da educação “entender o momento atual e os limites do caixa e das finanças públicas”.

“Estamos tentando achar o equilíbrio nesse diálogo para que o movimento paredista chegue a um limite, possa recuar e voltar aos trabalhos pelo bem dos alunos e de toda a sociedade”, disse.

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COMENTÁRIOS
20 Comentário(s).

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eleide silva de oliveira  03.10.13 13h04
e os nossos filhos ficam como em gente vai ter que estudar no sabado e eles não tem nada a ver com essa briga!! não é justo isso...Governador??
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Reginaldo Braga  02.10.13 20h13
É unânime que a educação é a força motriz que impulsiona o progresso, mas na prática não é o que se percebe, principalmente por parte da "política" no momento que tem o poder na mão para reconhecer a real importância do educador. Educação é foco de atenção somente enquanto momento de eleição recheada de discursos e boa intenções, no entanto o presente momento, revela que não passa de demagogia quando se apresenta "injustificativas" por não atender as reivindicações dos professores. A realidade revela que educação não é prioridade por conta da ignorância que não reconhecer que o maior tesouro de uma nação está no ato de ensinar e aprender ao invés de espertezas. Dizer que o estado não tem caixa e atender caprichos e vaidade políticas é desejar que o povo viva à custa de pão e vinho.
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Elizeu Vaz  02.10.13 17h44
pois bem sr. Deputado, quando vc diz: "acha". É porque não tem certeza. E quando você diz: "E olha que tenho uma professora dentro de casa". É ai que esta o x da questão você tem uma professora sim dentro de casa com essa beldade de salário. Porém tem você sr. deputado que não precisa nem estudar para receber um salário que não é digno dele além de muitas outras vantagens que os professores não tem. Os políticos precisam criar vergonha na cara e parar de criticar aqueles que são responsáveis pela formação de milhares de pessoas.
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alex  02.10.13 15h14
É só exonerar os grevista e fazer contratar novos professores. A greve foi considerada ilegal por que diz o direito que é o Judiciário.
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ELIENE SANTOS  02.10.13 14h54
O PROBLEMA NÃO CONSISTE APENAS EM VALORES SALARIAIS E PLANOS DE CARREIRA; ESTENDE-SE EM RELAÇÃO A FALTA DE ESTRUTURA NAS ESCOLAS, MATERIAL PEDAGÓGICO, SEGURANÇA PESSOAL DO EDUCADOR DIANTE DE TANTA VIOLÊNCIA... SEM CONTAR QUE PARA SER EDUCADOR É PRECISO ESTUDAR MUITO. QUE REQUISITOS TÊM PARA JUSTIFICAR UM POLÍTICO GANHAR TÃO BEM ALIADA AS REGALIAS, A PONTO DE JULGAREM FALTA DE BOM SENSO DO EDUCADORES? POR QUE ELES SE RECUSAM A DIMINUIR O SALÁRIO DELES MAS INSISTEM EM NEGAR MELHORES CONDIÇÕES PARA OS EDUCADORES? E DEPOIS O POVO É IGNORANTE!
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