Cuiabá, Terça-Feira, 17 de Junho de 2025
POLÊMICA DA ÁGUA
09.03.2012 | 10h37 Tamanho do texto A- A+

Servidores da Sanecap já ameaçam com greve geral

Sindicato garante paralisação na segunda-feira, se não houver negociação do PDV

MidiaNews

Servidores prometem greve na próxima semana, caso não haja negociação do Plano de Demissão Voluntária (PDV)

Servidores prometem greve na próxima semana, caso não haja negociação do Plano de Demissão Voluntária (PDV)

LISLAINE DOS ANJOS
DA REDAÇÃO

O prefeito Chico Galindo (PTB) deve-se reunir, nesta desta sexta-feira (9), com os representantes dos servidores da Companhia de Saneamento da Capital (Sanecap), na tentativa de evitar uma greve que pode paralisar o órgão, cuja gestão passou para a iniciativa privada.

Em assembleia-geral realizada na quarta-feira (7), os 450 servidores concursados da companhia aprovaram indicativo de greve e ameaçam cruzar os braços na próxima segunda-feira (12).

O motivo da greve seria a dificuldade na negociação do Plano de Demissão Voluntária (PDV), junto à Prefeitura de Cuiabá.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Saneamento Ambiental (Sintaesa), Ideueno Fernandes, afirmou ao MidiaNews que nada foi definido e, após a reunião com o prefeito, a categoria irá se reunir em uma novamente, ainda hoje, para saber se vai continuar apenas com o indicativo ou se, efetivamente, vai cruzar os braços.

De acordo com Fernandes, a proposta inicial da prefeitura – garantida na lei que privatizou os serviços de água e esgoto na Capital – foi de estabilidade de seis meses no emprego, a partir do momento em que a Companhia de Águas do Brasil (CAB Ambiental) assumir a gestão da Sanecap na Capital.

O prefeito afirmou ainda que vai pagar, a cada servidor, um salário de indenização para cada três anos de dedicação à empresa.

Para os servidores aprovados em dois concursos, realizados em 2002 e 2009, o valor oferecido é mínimo para pessoas que prestaram o certame em busca de estabilidade no emprego. Por isso, a categoria pede pelo pagamento de 24 salários como indenização.

“Esse seria o justo, uma vez que eles vão perder a estabilidade no emprego e recebem um salário abaixo do oferecido no mercado”, afirmou o presidente.

Segundo Fernandes, o piso da categoria, atualmente, é de R$ 710 e os servidores não consideram vantagem terem o serviço garantido por apenas seis meses, sendo que podem encontrar emprego com melhor remuneração em empresas particulares. Parte dos funcionários já teria deixado expresso o desejo de não manter-se no emprego.

O Sintaesa também aposta em uma redução significativa no quadro de funcionários, que hoje é composto de 600 servidores (sendo 150 terceirizados).

“Acredito que, quando a CAB Ambiental assumir os serviços, deverá operar com apenas 400 funcionários. Isso, se não decidir implantar um sistema de 0800 para atendimento ao público ou automatizarem as estações de tratamento, o que reduziria ainda mais o quadro de operadores”, afirmou o sindicalista.

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tiago silva  09.03.12 14h25
Como diria os antigos, o povo tem o governante que merece. Podem vim aumentar absurdamente por dois anos consecutivos impostos, deixar as traças a saúde e a educação, deixar a população ao mercê da bandidagem, vender as empresas, não fazer nada pra melhorar nosso péssimo transporte publico e ainda aprovar o seu aumento de tarifa, não fazer nenhum projeto e obra para melhorar esse transito caótico. Que ainda vai ter gente batendo palma e agradecendo.
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Joao Batista  09.03.12 13h52
Engraçado, agora eles sabem que eles podem oferecer melhor qualidade de atendimento a população com o 0800 ou automatizando as estações de tratamento, isso é a CAB ta vindo realmente para fazer as coisas funcionarem, mais uma meia duzia de servidores ruuuins de serviços isso mesmo ruuuins de serviço pq acham que são concursados nunca irão perder o emprego, eu tenho ctzaaa que os BOONS a CAB irá reaproveitar, agora os ruins tem que ser mandado embora sim, pq nem a CAB e nem nos cuiabanos aguentamos mais essa vergonha, vamos ver se eles arruman emprego tão facil assim e com salário maior como eles falam... o mercado de trabalho só aproveita pessoas com competencia, eles tão com medo é de passar fome pro resto da vida...
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lauro rezende  09.03.12 11h20
A pessoa estuda noites e noites para passar num concurso publico, larga seu emprego em busca de estabilidade. Chega esse prefeito foragido de são paulo, que ninguém sabia quem era e manda 600 pessoas embora, muitas destas, pais e mães ganhando um salario pífio e outros faltando pouco para aposentar. Nosso digníssimo prefeito mesmo tendo feito tudo isso ainda trata mal os trabalhadores. Agora a estória vai se repetir igual da Cemat. Preços abusivos, impostos, reajustes anuais, taxas e mais taxas, serviços de péssima qualidade e terceirização de todos seus serviços e quando tiver tudo destruído, volta para a prefeitura arrumar e vender novamente, quem se ferra são os trabalhadores e a população, como sempre. Viva Cuiabá, cidades onde não acontece nada aos corruptos.
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