Cuiabá, Domingo, 15 de Junho de 2025
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Obras na Prainha mudam trânsito e itinerário de ônibus

Reforço do canal é necessário para implantação dos trilhos do modal

Edson Rodrigues/Secopa

Escavações na Prainha tiveram início na última semana

Escavações na Prainha tiveram início na última semana

LISLAINE DOS ANJOS
DA REDAÇÃO
As obras para reforço do Canal da Prainha, na Avenida Tenente-Coronel Duarte, já começaram a mudar o trânsito na região e, a partir de quinta-feira (26), também irão alterar a rotina dos usuários de transporte coletivo. É que os ônibus estarão proibidos de fazer a conversão à esquerda para subir a Avenida Dom Bosco.

Nos horários de pico, como início da manhã e fim da tarde, o congestionamento no local, nos dois sentidos, é grande, uma vez que houve estreitamento das pistas, com uma faixa de rolamento de cada lado totalmente interditada.

Atualmente, as escavações estão sendo feitas no trecho compreendido entre o entroncamento da Prainha com as avenidas XV de Novembro e Dom Bosco – entre o ginásio de esportes do Colégio Salesiano São Gonçalo e a papelaria Rodarte.

Para avanço da obra na via, será necessário o bloqueio do cruzamento da via com a Avenida Dom Bosco, o que irá afetar não apenas o trajeto dos motoristas que se acostumaram a usar a rota como o itinerário das seguintes linhas de ônibus: 402 – Itamarati/Centro; 403 – Pedregal/Centro; 411 – Renascer/Centro; e 412 – Planalto/Centro.

Tais linhas não mais irão trafegar pelas avenidas Dom Aquino e Dom Bosco e pelas ruas Joaquim Murtinho, Barão de Melgaço e Generoso Ponce.

"Na quinta-feira, aquele trecho vai amanhecer bloqueado. As pessoas estão sendo informadas para onde serão mudados os pontos de ônibus e, na quarta-feira (25), depois das 23h, o consórcio já inicia as escavações ali"

Os usuários dessas linhas deverão fazer o embarque e desembarque no ponto da Praça Maria Taquara, localizada na Rua Clovis Hugueney, esquina com a Prainha.

Outra linha que terá o trajeto alterado é a 205 – Residencial Paiaguás/Centro, que deixará de passar pelas ruas 13 de Junho, Major Gama e Prainha.

No entanto, o ponto de embarque e desembarque localizado na Avenida Getúlio Vargas, em frente ao Cine Teatro Cuiabá, não será alterado.

Bloqueio necessário


Segundo o diretor de Trânsito da Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes Urbanos (SMTU), Carlos Dantas, a medida é necessária para que o Consórcio VLT Cuiabá-Várzea Grande, responsável pela obra, possa dar continuidade aos trabalhos.

“Na quinta-feira [26], aquele trecho vai amanhecer bloqueado. As pessoas estão sendo informadas para onde serão mudados os pontos de ônibus e, na quarta-feira [25], depois das 23h, o consórcio já inicia as escavações ali, porque eles precisam avançar pelo cruzamento”, disse.

Ele orientou os motoristas a tomarem caminhos alternativos para seguirem para Várzea Grande ou para quem sai da Cidade Industrial em direção à Capital, passando a evitar a Ponte Júlio Müller e optando pela travessia pelas pontes Nova e Sérgio Motta.

“Para sofrer menos, o motorista já deve começar a sair mais cedo de casa e buscar essas pontes, porque a Ponte Velha [Júlio Müller], na saída do Atacadão, já está em uma situação difícil, com as obras do VLT acontecendo ao lado da ponte e as obras da XV de Novembro que devem começar em até 20 dias. Para chegar à Várzea Grande, vai ser meio sofrido”, afirmou.

Entre as rotas alternativas para evitar a Prainha, nos dois sentidos, Dantas orientou os motoristas a descerem pela via lateral ao Colégio Coração de Jesus, a fim de cair na XV de Novembro – enquanto o bloqueio não é feito.

“Você também pode ir mais longe, pelos fundos da Acrimat [Parque de Exposições Jonas Pinheiro], ali pela General Mello ou pela General Valle. São as maneiras que você tem”, disse.

Edson Rodrigues/Secopa

Uma faixa de rolamento de cada lado da avenida foi bloqueada para o avanço da obra

Outra orientação dada aos motoristas que seguem para Várzea Grande é descer pelas ruas 13 de Junho e Barão de Melgaço, que são paralelas à Prainha.

A obra


O reforço do canal é essencial para a implantação da via permanente do Eixo 1 (CPA-Aeroporto) do VLT, por onde o modal irá passar.

O Consórcio VLT afirmou ter optado por um método construtivo que vai causar impacto mínimo na estrutura do canal, que tem cerca de 2 km de extensão, entre a Avenida XV de Novembro, no Porto, até próximo à sede do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea), na Avenida Historiador Rubens de Mendonça (CPA).

A obra prevê a execução de estacas nas laterais do canal e a colocação de lajes sobre a estrutura original do córrego, de forma a construir um reforço supracanal, sem apoiar na atual estrutura, auxiliando na sua preservação.

Isso, segundo o consórcio, diminui significativamente a quantidade de obras no local. Eles afirmam que o maior fluxo de trabalho será realizado no período noturno, com objetivo de reduzir o impacto no trânsito na região.

Avanço da obra


As atividades nos demais trechos, porém, ainda dependem da autorização do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para serem executadas.

No momento, o órgão está analisando os relatórios de resgate arqueológico feitos pelo consórcio na região.

O cuidado é necessário devido ao Córrego da Prainha ser uma estrutura histórica em Cuiabá e, portanto, precisa ser preservado.

Pedro Alves/MidiaNews

Fazer conversão à esquerda para acessar a Avenida Dom Bosco será proibido

Segundo o consórcio, a área foi minuciosamente estudada pelas equipes de engenharia civil (projetista e de produção) e ambiental, incluindo arqueologia e sondagens usando um scanner sobre o canal, que verificou a profundidade do córrego e outros elementos importantes para a definição do método construtivo.

VLT


O reforço do Canal da Prainha está incluso no pacote do VLT, orçado em R$ 1,477 bilhão e com prazo de entrega para 13 de março de 2014.

Previsto para ser implantado em dois eixos (CPA-Aeroporto e Coxipó-Centro), o VLT deverá passar pelos canteiros centrais das principais avenidas de Cuiabá e Várzea Grande: Historiador Rubens de Mendonça (Avenida do CPA), FEB, XV de Novembro, Tenente-Coronel Duarte (Prainha), Coronel Escolástico e Fernando Corrêa da Costa.

O projeto inclui não apenas a implantação dos trilhos, a construção dos vagões do metrô de superfície e o reforço do canal da Prainha, mas também a execução de 12 obras de arte – cinco viadutos, quatro trincheiras e três pontes – ao longo dos 22,2 km de trajeto do VLT.

Segundo o último relatório divulgado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), com base em 31 de julho deste ano, o consórcio já executou 37,98% da obra.



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COMENTÁRIOS
10 Comentário(s).

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Douglas M.  27.09.13 11h44
vania, eu também não entendi essa conversa de que o córrego é uma estrutura histórica, pois está soterrado sobre toneladas de concreto.
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tassilaine  27.09.13 11h43
Esta mudança na rota do ônibus é absurda. O ponto final deve ser na 13 de junho a Maria Taquara fica muito longe para idosos e crianças andarem. Neste sol de 40 graus percorrendo este trajeto é muita maldade e falta de organização. Que vergonha!
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vania  25.09.13 10h57
De que adianta o corrégo ser estrutura histórica de Cuiabá se está soterrado, onde ninguém possa vê-lo ou desfruta-lo, está soterrado também a capacidade do Governo do Estado para gerenciar essas obras.
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geraldo miguel  25.09.13 10h10
Temos que Parabenizar o ex-governador Blairo, se Cuiabá tivesse ficado fora da copa estaria um lixo, esse lagado é do governo federal, a única interferêcia do governo de mato Grosso são os atrasos nas obras, este é o legado dele, incapacidade de realizar os obras dentro do cronogramas estabelecido, eita governo ruim, em??????.
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William  25.09.13 09h38
Daqui a pouco ninguém mais vai para lugar nenhum, vamos todos ficar em casa até terminar as obras lá por 2015... Essa falta de planejamento é uma vergonha, mas já era de se esperar.
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