LAÍSE LUCATELLI
DA REDAÇÃO
O candidato a prefeito de Cuiabá Carlos Brito (PSD) criticou o que ele chamou de “administração dos problemas” na gestão da capital. Para ele, é preciso avançar e buscar soluções definitivas, ao invés de simplesmente gerir os problemas.
“Nós continuamos assistindo a uma discussão de Cuiabá-problemas. Entra gestão e sai gestão, a administração existe em função dos problemas. Nós temos que ir além. Os problemas têm que ser diagnosticados, enfrentados e resolvidos”, afirmou.
Brito cita as ações de tapa-buraco como exemplo de gestão de problema, adotada em lugar da busca de soluções definitivas.
“O buraco não deveria nem existir. E a administração não pode se encerrar no tapa-buraco, na gestão dos problemas em si. Dessa forma, ela deixa de abrir janelas, deixa de ter perspectivas de mudança e transformação, e passa a administrar o problema. Acaba deixando de buscar a solução do problema”, observou.

"Temos que ter a capacidade de olhar o futuro e construir o futuro. Senão vamos continuar marcando passo"
O candidato defende a necessidade de provocar uma “ruptura com esse entendimento que, infelizmente, já vem de vários anos”. De acordo com Brito, se esse ciclo de administrar e gerir problemas sempre de forma emergencial não for rompido, e o prefeito não olhar além, não será possível planejar e montar perspectivas de progresso para o futuro.
“Temos que ter a capacidade de olhar o futuro e construir o futuro. Senão vamos continuar marcando passo. O prefeito tem que ter essa missão de enxergar essa Cuiabá do futuro. E isso demanda ordem”, disse.
ComunidadeBrito disse que, para se ter um bom governo, é preciso boa gestão e foco no futuro. “Há uma concorrência cada vez mais acirrada no mundo globalizado. Nossa sociedade, cada vez mais, busca resultados. E isso também acontece na gestão do que é público. Então precisamos ter uma administração organizada, transparente, e verdadeiramente compromissada com os resultados para a população”, afirmou.
Ele argumentou, ainda, que o fato de ter sido líder comunitário não fará com que ele se foque na gestão dos problemas, e garante que sua origem de militante não o torna menos qualificado para ter uma visão ampla do processo.
“O fato de ser um ex-presidente de bairro e conhecer bem essa realidade dura das comunidades não me desqualifica de ter também essa compreensão macro. Até pela experiência que já tive, pelos cargos que ocupei na gestão pública. E mais: eu não vou administrar sozinho. Quero compor um secretariado de alto nível”, disse.