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PLANO DOS SERVIDORES
14.04.2013 | 18h03 Tamanho do texto A- A+

Para revitalizar MT Saúde, Estado muda pagamento e gestão

Faiad diz que rombo milionário está sendo apurado pelos órgãos competentes

Mary Juruna/MidiaNews

Secretário Francisco Faiad diz que mudança trará economia

Secretário Francisco Faiad diz que mudança trará economia

LAÍSE LUCATELLI
DA REDAÇÃO
O secretário de Estado de Administração, Francisco Faiad (PMDB), informou que o governador Silval Barbosa (PMDB) vai encaminhar, até o final do mês, um projeto de lei promovendo alterações no modelo de cobrança das mensalidades do MT Saúde aos usuários do plano.

Em vez de manter a cobrança por faixa salarial, descontando um percentual sobre a remuneração do servidor, o MT Saúde passará a cobrar as mensalidades de acordo com a faixa etária do usuário – seja servidor, dependente ou cônjuge.

“É um modelo que vai dar um equilíbrio econômico e financeiro ao plano, sem precisar de um investimento forte do caixa do Governo. A participação do Governo no plano, por meio de contribuição retirada da fonte 100 (arrecadação própria do Estado) será definida em contrato, e na lei. Ela será reduzida, e utilizaremos, em sua maioria, recursos da fonte 240, que é a fonte de recursos proveniente das mensalidades do MT Saúde”, disse Faiad.

“Já debatemos isso com o Fórum Sindical, que é a favor da mudança, e estamos debatendo com a Assembleia Legislativa. Eu já conversei com a comissão de saúde, com a CPI [Comissão Parlamentar de Inquérito] do MT Saúde e há boa vontade dos parlamentares em auxiliar o plano. Creio que o projeto será aprovado”, completou.

Reprodução

MT Saúde gasta atualmente em torno de R$ 6 milhões por mês


De acordo com o secretário, com o reenquadramento por idade, alguns usuários terão aumento no valor da mensalidade. Por outro lado, outros terão as mensalidades reduzidas. “O MT Saúde vai passar a ser como todo plano de saúde com cobrança por faixa etária. O que, aliás, é uma orientação da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar). São 11 faixas que a agência definiu”, informou.

Apesar de o MT Saúde não ter registro na ANS por se tratar de um plano de saúde público e, portanto, não estar submetido às regras do setor privado, Faiad acredita que a melhor opção para o Estado é seguir as recomendações do órgão.

“A ANS é uma entidade que estuda planos de saúde. Então ninguém tem mais conhecimento sobre planos do que a ANS. Por isso que vamos adotar essas orientações”, afirmou.

O objetivo de Faiad, é que com a revitalização do plano, o número de usuários cresça o suficiente para mantê-lo com saúde financeira. “Hoje são 33 mil usuários. Esperamos, com as mudanças, aumentar esse número de forma expressiva”, disse.

Rombo e mudança de gestão

O modelo de gestão do MT Saúde foi alterado em janeiro deste ano, quando venceu o contrato com a empresa que administrava o plano, a São Francisco Saúde. Desde então, o Estado tem feito uma gestão própria, sem terceirizar o serviço, e assim deve continuar.

“Entendemos que há economia quando se faz a gestão própria, e que há condições técnicas de fazermos essa gestão. Devemos ter em torno de 30 funcionários, e inclusive nomeamos concursados no início do mês para substituir os que eram contratados por empresas terceirizadas”, disse Faiad.

Ele negou que esteja abrindo mão de terceirizar o serviço em função das denúncias de desvios envolvendo empresas que já administraram o plano. Um relatório de auditoria do Tribunal de Contas do Estado (TCE) apontou que a empresa Saúde Samaritano Administradora de Benefícios (SSAB) recebeu R$ 21,3 milhões indevidamente, durante o período em que foi contratada para administrar o plano dos servidores.

"O rombo tem que ser investigado, apurado. Não podemos deixar essas denúncias pairando no ar, na cabeça do servidor e da sociedade. Toda denúncia que for feita tem que ser apurada de forma rígida"


“O motivo é a economia. E teremos um controle mais direto dos gastos. Com empresa terceirizada, o estado gastava de R$ 8 a R$ 12 milhões por mês. Hoje o gasto está em torno de R$ 6 milhões mensais, para todas as despesas”, disse.

“O rombo tem que ser investigado, apurado. Não podemos deixar essas denúncias pairando no ar, na cabeça do servidor e da sociedade. Toda denúncia que for feita tem que ser apurada de forma rígida. Tudo o que tinha que ser apresentado, nós entregamos à CPI, à Auditoria Geral do Estado e à Polícia. Agora compete a eles chegar a uma definição”, completou.

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COMENTÁRIOS
12 Comentário(s).

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Antonio Gregório da Silva  25.06.13 13h54
O DINHEIRO QUE AS ADMINISTRADORA LEVARAM, JAMAIS VOLTARÃO AOS COFRES DO GOVERNO, E AGORA SERÃO OS QUE COMO EU JÁ PASSARAM DOS SESSENTA É QUE VAMOS PAGAR ESSA CONTA!!!
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Aparecida Maria de Almeida Silva  24.05.13 14h40
Gostaria de uma resposta,pois todas as vezes no telefones que comunicavam não atende ,eu continuo pagando,pois tenho esperança de renovação,porem nem e-mail. É respondido precisamos de uma resposta exata.Obrigada!!!
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Luiz Carlos  18.04.13 18h21
O governo só quer aumentar as receitas, mas não toma providências para o MTSAÚDE, atender no INTERIOR, só a capital que tem atendimento. Até quando os usuários do interior terão que deslocar para capital para atendimentos
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robison gomes  15.04.13 21h52
EU AINDA TINHA ESPERANÇA MAS AGORA VEJO QUE A FALTA DE COMPROMISSO COM A SOCIEDADE E MUITO GRANDE TAO POUCO COM OS SERVIDORES DE MT A IDEIA E GANHAR TODOS OS USUARIOS NA CANSEIRA POUCOS HOSPITAIS E MEDICOS P ATENDER AUTORIZAÇÃO P ISSI OU P AQUILO FALTA DE RESPEITO NINGUEM CONSEGUE REEMBOLSO E PORAI VAI MAS O QUE E MAIS INTRIGANTE E QUE ELES APOSTAM NA MEMORIA CURTA DOS ELEITORES, ANO QUE VEM NO CARNAVAL COMEÇAM A FAZER ALGUMA COISINHA PARA GANHAR VOTO E TODO O DINHEIRO DESVIADA COMEÇA A APARECER.
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Moisés  15.04.13 15h31
quero saber a se o plano vai fica funcionando só na capital, pois aqui em Rondonópolis faz um ano que não tem atendimento, tenho certeza que pelo andar da carruagem e o desrespeito que esse plano e o governo tem demostrado pelo usuário e servidor dificilmente vai aumenta o numero de usuários pois aqueles que ficaram anos pagando e quando precisaram de uma consulta médica não foram atendidos, pois o que se ouvia das atendentes de consultórios ou hospitais era que o plano estava suspenso por falta de pagamentos, sendo que era descontado em folha todos os meses do servidor. E ENQUANTO ISSO HAVIA PESSOAS SENDO RESSARCIDAS COM GRANDES VALORES, DUZENTOS E POUCOS MIL, CINQUENTA E POUCOS MIL E SETENTA E POUCOS MIL ai é claro que tem que aumenta o numero de pagadores e não de atendimento pelo plano. Que hoje se fala que esta economizando tanto mais é claro que vai economizar pois não esta dando atendimento aos usuários nem por telefone.
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