Cuiabá, Segunda-Feira, 16 de Junho de 2025
TRANSPORTE COLETIVO
28.05.2013 | 11h05 Tamanho do texto A- A+

Greve afeta o comércio, que registra uma queda de 30%

CDL ameaça entrar com uma ação na Justiça; audiência de conciliação é antecipada para quarta-feira

Mary Juruna/MidiaNews

Motoristas se revezam em piquete, na porta da garagem da Pantanal Transportes, no Jardim Vitória

Motoristas se revezam em piquete, na porta da garagem da Pantanal Transportes, no Jardim Vitória

LISLAINE DOS ANJOS
DA REDAÇÃO
A Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Cuiabá registrou uma queda de 30% no movimento de clientes nas lojas da Capital, por conta da greve dos motoristas de ônibus, iniciada à meia-noite de segunda-feira (27).

A entidade, que analisou o universo de três redes de lojas que atuam em Cuiabá para realizar o balanço, ainda registrou a ausencia de 25% dos funcionários do comércio por falta de ônibus em circulação na cidade.

Como o MidiaNews antecipou, a Capital ficou sem a circulação de ônibus de transporte coletivo por mais de cinco horas e, quando os veículos foram para as ruas, por volta de meio-dia, apenas 30% da frota de 450 carros ficaram em circulação – o que prejudicou, principalmente, o atendimento aos bairros da Capital.

Levantamento da CDL aponta ainda que, nos comércios onde não houve registro de falta de empregados, mototáxis e caronas foram as principais formas utilizadas para se chegar ao trabalho.

O Tribunal Regional do Trabalho de Mato Grosso (TRT-MT) já havia determinado, na sexta-feira (24), que os trabalhadores do transporte coletivo em greve mantivessem 50% da frota em circulação, independentemente do horário, o que não foi cumprido pela categoria, no primeiro dia de paralisação.

MTU

Veículos da empresa Pantanal Transportes foram atingidos por pedras

Devido aos prejuízos registrados no comércio com o descumprimento da liminar, a CDL ameaça acionar na Justiça o Sindicato dos Motoristas Profissionais e Trabalhadores de Transportes Coletivos Terrestres de Cuiabá e Região.

Negociação

Sem mais tentativas de acordo entre as empresas e os funcionários, as entidades patronais da região metropolitana solicitaram ao vice-presidente do TRT, desembargador Edson Bueno, que antecipasse a audiência de conciliação – primeiramente, agendada para sexta-feira (31).

O pedido foi acatado pelo órgão e a audiência foi antecipada para às 14h de quarta-feira (29), com aval dos trabalhadores.

Verificação da frota


O vice-presidente do TRT-MT determinou, ainda, que seja realizada, com urgência, uma vistoria nas garagens das empresas de ônibus de Cuiabá e Várzea Grande, para constatação de cumprimento da liminar que determina o percentual mínimo de 50% dos veículos em circulação nas duas cidades.

Para tanto, ele quer que representantes das empresas Pantanal Transportes Urbanos, Expresso NS Transportes Urbanos e União Transporte e Turismo informem o total de ônibus destinados a atender Cuiabá e Várzea Grande, bem como a verificação, in loco, de quantos desses veículos estão parados nas garagens por conta do movimento grevista.

A determinação foi dada depois que as entidades patronais relatarem que os grevistas estariam impedindo a entrada dos trabalhadores que não aderiram ao movimento às garagens, bem como estarem descumprindo a liminar do TRT.

2º dia de greve


MTU

Ônibus da União Transportes também foi atingido por pedras, no 1º dia de greve

Segundo a assessoria da Associação Matogrossense de Transportes Urbanos (MTU), o mínimo de 50% da frota em circulação "parece estar sendo respeitado" pelos trabalhadores, no segundo dia de greve. Porém, um levantamento será feito pela empresa apenas no início da tarde.

No primeiro dia de paralisação, houve um saldo de três ônibus depredados e prejuízo na assistência à população.

Segundo o sindicato dos trabalhadores, houve demora no cumprimento da decisão judicial, mas ela foi acatada pela categoria e será cumprida durante todo o movimento grevista.

Reivindicação

Os trabalhadores pedem por salário-base de R$ 2 mil e concessão de plano de saúde por parte das empresas.

A última proposta feita à categoria pelos empresários, porém, era de aumento de 10,6% no salário-base dos motoristas - hoje fixado em R$ 1,5 mil - e 10% de reajuste para os demais trabalhadores do setor.

Leia mais sobre o assunto:

Ônibus são depredados e motoristas não cumprem liminar


Após descumprimento de liminar, ônibus voltam a circular


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João Farias  28.05.13 19h48
Usuários como eu: aguentem firme, tá vindo o VLT!
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MARCOS  28.05.13 16h08
COM UMA FROTA ESTAGNADA, COM 384 VEICULOS NESTA CAPITAL ????? É SIM 384 VEICULOS, PARA 330.000 HABITANTES SÓ CUIABÁ. JÁ ESTÃO EM GREVE FAZ TEMPO....... A FROTA DEVERIA SER NO MINIMO 1000 VEICULOS, PARA UM TRANSPORTE DESCENTE, E NÃO ESSA DROGA DE TRANSPORTE QUE NOS OFERECE EM TROCA DE UMA TARIFA ABSURDA, FUI.. OLHA AI, PREFEITO: DA MAIS DE 800 PASSAGEIROS POR DIA PARA CADA COLETIVO, UM ABSURDO.
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