Cuiabá, Terça-Feira, 17 de Junho de 2025
DE BRAÇOS CRUZADOS
16.06.2012 | 09h20 Tamanho do texto A- A+

Greve na UFMT completa 30 dias; Governo admite negociar

Governo Federal deve apresentar proposta, durante reunião programada para terça-feira (19)

MidiaNews

Greve dos docentes da Universidade Federal de Mato Grosso já completou um mês

Greve dos docentes da Universidade Federal de Mato Grosso já completou um mês

KATIANA PEREIRA
DA REDAÇÃO

A greve dos professores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) completou 30 dias na sexta-feira (15). Até o momento, não há previsão de retorna às aulas, mas as negociações estão adiantadas, segundo a Associação dos Docentes da instituição, a Adufmat.

O Governo Federal, que, inicialmente, havia se negado negociar com grevistas, já recebeu representantes da categoria duas vezes, por meio do Comando Nacional de Greve (CNG) e da diretoria do Andes-SN.

A última reunião com o Governo foi realizada na tarde de quarta-feira (13) e durou mais de 3 horas. O próximo encontro foi agendado para a terça-feira (19). Os grevistas esperam que o Governo apresente uma proposta de reajuste salarial.

A greve foi motivada após o início da campanha salarial do ano passado. O Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) assinou acordo com o Governo Federal, aceitando o reajuste de 4% e a incorporação da Gratificação Específica do Magistério Superior (Gemas).

Segundo a Adufmt, o Governo se comprometeu a se reunir com os professores até 31 de março desse ano, para discutir a elaboração de um plano de reforma da carreira docente. A data prevista terminou e o governo não cumpriu o acordo.

Entre as revindicações dos professores estão a incorporação de gratificações, acréscimo de titulação, melhores condições de trabalho e restruturação do plano de carreira nos campi criados com o Reuni.

Os professores também pedem aumento do piso salarial dos atuais R$ 557,51 para R$ 2.329,35, valor calculado pelo Dieese como salário mínimo para suprir as necessidades previstas na Constituição Federal.

Avanços do movimento

A greve dos professores da UFMT recebeu apoio da reitora Maria Lúcia Cavalli Neder, que considera o movimento justo, e do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe), órgão deliberativo máximo na Universidade para assuntos pedagógicos, de diversos movimentos sociais e entidades internacionais.

Também houve a adesão de cursos da pós-graduação, que, historicamente, ficam de fora das paralisações. Estão parados o mestrado de Política Social e o mestrado e doutorado do Instituto de Educação (IE).

Os servidores técnico-administrativos e estudantes de diversas instituições também entraram em greve. Em algumas instituições, como é o caso da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a Universidade de Brasília (UnB), a greve já une os três segmentos da comunidade acadêmica. Na UFMT, os técnicos pararam dia 12.

A greve nacional das universidades federais começou no último dia 17. Segundo o Andes, o movimento continua até que o Governo apresente uma proposta para ser levada às assembleias, para análise da categoria.

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Francisco  16.06.12 15h25
Greve na receita federal, judiciário federal, IF, UF, e outras categorias se juntaram em uma greve unificada. Será que agora vão conseguir algo???
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