LISLAINE DOS ANJOS
DA REDAÇÃO
A Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo (Secopa) adiou a abertura das propostas do processo licitatório – tipo “menor preço” – para contratação da empresa de engenharia que será responsável pela execução dos serviços de reforma e revitalização do Complexo da Salgadeira.
A sessão de abertura das propostas, que deveria ter ocorrido no auditório da Secopa nesta segunda-feira (9), foi adiada para o dia 10 de outubro.
Segundo o secretário da Copa, Maurício Guimarães, o adiamento foi necessário por um erro no valor global do projeto, apresentado no edital.
Em um dos itens do Plano de Trabalho do edital, que trata do “custo estimado da obra”, o valor global máximo apresentado para a obra é de R$ 6.696.912,51. O valor foi corrigido para R$ 6.813.907,82.
"O projeto estava com um erro de planilha que causava uma diferença de R$ 108 mil. Isso estava impactando na apresentação das propostas"
“O projeto estava com um erro de planilha que causava uma diferença de R$ 108 mil. Isso estava impactando na apresentação das propostas. O erro já foi corrigido e a lei diz que se devem abrir novamente os prazos do edital [para participação das empresas]”, explicou.
Todo o processo licitatório deve durar aproximadamente 45 dias e a expectativa é de que a obra seja iniciada em até 70 dias, a partir da publicação do edital.
Segundo o secretário de Estado de Turismo (Sedtur), Jairo Pradela, as obras no local deverão ser executadas dentro de oito meses, e a expectativa da pasta é de que os serviços sejam concluídos antes da Copa do Mundo de 2014, que ocorrerá no país nos meses de junho e julho.
“Queremos a Salgadeira esteja aberta e em funcionamento durante a Copa do Mundo. Isso é uma determinação do governador Silval Barbosa”, afirmou.
SalgadeiraLocalizado no km 45 da Rodovia Emanuel Pinheiro (MT-251), a Salgadeira se encontra fechada para o público em geral há três anos, por determinação da Justiça, que atende a pedido feito pelo Ministério Público Estadual (MPE), em uma ação civil pública.
O órgão sustentou, na ação, que o local apresentava irregularidades ambientais, como a disposição de resíduos a céu aberto e sistema de tratamento de esgoto tomado pela vegetação que contribuíram, negativamente, para degradar a região.
Segundo o MPE, os problemas no local foram causados pelo exercício da atividade e pelo uso desordenado do turismo no local.
Apesar da expectativa da população para a reabertura do local, os visitantes deverão se contentar com a nova função do espaço, que será usado como ponto de contemplação e não mais para banho, devido à degradação ambiental da região.
"Queremos a Salgadeira esteja aberta e em funcionamento durante a Copa do Mundo"
As obras de revitalização e de urbanização do complexo contemplam os serviços de paisagismo, traves, plano de recuperação de área degradada, posto policial, restaurante e construção de um Centro de Interpretação Turística.
Depois de pronto, o complexo passará a ser gerenciado e explorado por uma empresa, que deverá cobrar uma taxa fixa para visitação do local.
Segundo Pradela, a exploração do local é necessária para gerar renda, a fim de pagar a dívida contraída pelo Estado junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES) para viabilização da obra.
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