LISLAINE DOS ANJOS
DA REDAÇÃO
O secretário Extraordinário da Copa do Mundo (Secopa), Maurício Guimarães, negou, por meio de nota enviada à imprensa, que esteja sonegando informações aos órgãos de controle ou à sociedade.
Na manhã desta terça-feira (23), o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Antônio Joaquim, afirmou que o gestor estaria se negando a colaborar com os trabalhos do órgão, que elabora um relatório mensal do andamento físico-financeiro das obras da Copa que estão sendo executadas na Grande Cuiabá (leia mais
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Segundo a nota, a Secopa já enviou os dados das medições das obras referentes ao mês de fevereiro e que precisa finalizar apenas o repasse das informações referentes ao mês de março ao conselheiro, que também é relator das contas da pasta no TCE-MT.
“A Secopa reafirma o compromisso de finalizar o repasse das informações referentes ao mês de março ao TCE

"A Secopa reafirma o compromisso de finalizar o repasse das informações referentes ao mês de março ao TCE"
”, diz trecho da nota.
Segundo Guimarães, as informações pendentes deverão ser enviadas ao órgão fiscalizador assim que a Secopa conseguir reunir as informações das medições junto às empresas responsáveis pela execução das obras.
“O prazo para lançamento dessas informações no sistema GeoObras é de 30 dias, mas a Secopa assumiu o compromisso de lança-las em até 20 dias”, diz outro trecho da nota.
ImprobidadeO conselheiro Antônio Joaquim deu o prazo máximo de 72 horas para que a Secopa envie as informações pendentes, sob risco do secretário Maurício Guimarães ser acionado, junto ao Ministério Público Estadual (MPE), por improbidade administrativa.
Joaquim reclamou de falta de compromisso por parte de Guimarães e que já teria prorrogado o prazo de entrega das informações, a fim de colaborar com o trabalho da Secopa.
“Considero essa atitude uma sonegação de informações públicas e obrigatórias. A Secopa tem que informar o andamento das obras no GeoObras, tanto para cumprir as determinações do TCE quanto por respeito à Lei de Acesso à Informação”, disse.
A ausência de dados da Secopa impede, segundo o relatr, que o órgão cumpra com o compromisso assumido junto à sociedade de divulgar, mensalmente, relatórios de acompanhamento das obras da Copa.
“A sonegação de informações passa a impressão de intimidação e o TCE não pode admitir esse tipo de atitude”, afirmou.