Cuiabá, Segunda-Feira, 16 de Junho de 2025
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Obras do VLT terão duas frentes na Grande Cuiabá

Haverá interdição na Avenida Fernando Correia para construção de viaduto

Edson Rodrigues/Secopa

Após duas paralisações, obras foram retomadas na sexta-feira, na Avenida da FEB

Após duas paralisações, obras foram retomadas na sexta-feira, na Avenida da FEB

LISLAINE DOS ANJOS
DA REDAÇÃO
O Consórcio VLT Cuiabá já se prepara para, na próxima semana, dar início a segunda frente de obras para implantação do novo modal de transporte coletivo da Capital, escolhido pelo Governo do Estado para a Copa do Mundo de 2014.

Após derrubar na Justiça, pela segunda vez, uma liminar que bloqueava a continuidade das obras do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) em Cuiabá e Várzea Grande, a Secopa (Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo) retomou os trabalhos na primeira frente de trabalho, localizada na Avenida da FEB, em Várzea Grandena Cidade Industrial.

No local está sendo construída a Trincheira do Km Zero, uma das obras de arte que integram o "pacote" do VLT e que terá 384 metros. Na sexta-feira (28), as máquinas voltaram a escavar a rotatória existente no local.

"Daqui pra frente, acreditamos que teremos tranquilidade e segurança jurídica para dar andamento nas obras", diz o secretário da Copa

Em visita à obra, na manhã de ontem, o secretário Maurício Guimarães voltou a ressaltar que, apesar das suspensões que a obra sofreu em razão de uma ação dos Ministérios Públicos Estadual e Federal, o cronograma será cumprido e o VLT será entregue em março de 2014.

“Daqui pra frente, acreditamos que teremos tranquilidade e segurança jurídica para dar andamento nas obras. Esses acontecimentos provocam instabilidade, mas reforço a convicção de que vamos concluir e entregar o VLT funcionando no prazo”, afirmou.

Viaduto da UFMT


Dentro dos próximos dias, deverão ter início as obras para construção do Viaduto da UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso), na Avenida Fernando Corrêa da Costa, em Cuiabá.

Inicialmente, a interdição deverá ocorrer no sentido Centro-Coxipó, pista que ficará totalmente bloqueada para obras.

Dessa forma, quem precisar transitar pelo local precisará entrar na Rua Garcia Neto, retornando à avenida principal, na altura da Rua Luiz Antônio de Figueiredo.

O viaduto rodoferroviário de 428 metros será erguido em frente à entrada principal da universidade, sobre os entroncamentos das avenidas Brasília, Tancredo Neves e a via de acesso ao campus da UFMT.

Guerra de liminares


Edson Rodrigues/Secopa

Em visita às obras do VLT em VG, Maurício Guimarães reafirmou que cronograma será cumprido

As obras do VLT em Cuiabá já foram suspensas duas vezes pela Justiça Federal, em razão de uma ação ingressada pelo MPE e MPF, que afirmam existirem indícios de irregularidades na escolha do novo modal e no processo licitatório que consagrou o Consórcio VLT Cuiabá como responsável pela execução da obra.

Ao analisar a ação civil pública, o juiz federal Marllon Sousa, em Cuiabá, analisou a ação civil pública e determinou, por meio de liminar, a paralisação da obras. Ele saiu de férias em seguida e, durante sua ausência, o juiz titular da 1ª Vara Federal, Julier Sebastião da Silva, realizou uma audiência entre as partes e derrubou a liminar.

O MPE e o MPF recorreram da decisão e, quando voltou de suas férias, o juiz Marllon, que é titular da ação, analisou o recurso e determinou nova paralisação das obras.

O Governo de Mato Grosso recorreu ao TRF-1 (Tribunal regional Federal da 1ª Região), sustentando que as sucessivas decisões, ora suspendendo, ora permitindo a continuidade da obra, causam “insegurança jurídica, repercutindo sobre a viabilidade da realização da Copa na cidade".

Ao analisar o pedido apresentado pelo Estado de Mato Grosso, o desembargador federal Mário César Ribeiro entendeu que, ao suspender a execução das obras em questão, a Justiça Federal causou mais angústias do que solução.

Para o magistrado, o Ministério Público deixou para questionar a alteração da Matriz de Responsabilidade quase um ano após a opção do Governo do Estado pelo VLT.

“De fato, discutir, agora, a viabilidade do empreendimento, seja do ponto de vista dos custos operacionais, seja do ponto de vista financeiro, ou se é possível concluir a obra até a Copa do Mundo de Futebol em junho de 2014, quando elas já estão em pleno andamento, não me parece oportuno”, afirmou o presidente do TRF.

A obra


Divulgação

Como deverá ficar o Viaduto da UFMT, após as obras do VLT

O VLT foi licitado pela Secopa em maio deste ano. O contrato, no valor de R$ 1,477 bilhão, foi assinado pelo Estado com o consórcio formado pelas empresas Santa Bárbara, CR Almeida S/A Engenharia de Obras, CAF Brasil Indústria e Comércio, Magna Engenharia e Astep Engenharia.

A obra é bancada pelo Governo do Mato Grosso, com empréstimos da Caixa Econômica Federal e do BNDES (Bando Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

Ao longo dos 22,2 kms de trajeto do VLT, estão previstas as construções de cinco viadutos, quatro trincheiras e três pontes – obras de arte especiais que compõem o pacote de obras do modal e que também serão executadas pelo consórcio.

O modal será implantado no canteiro central das avenidas Historiador Rubens de Mendonça, FEB, 15 de Novembro, Tenente-Coronel Duarte (Prainha), Coronel Escolástico e Fernando Correa da Costa.

Serão três terminais de integração e 32 estações, que terão uma distância média de 500 a 600 metros entre um ponto e outro. A capacidade máxima de passageiros será de 400 pessoas por veículo e o tempo de espera para o embarque será de até quatro minutos.



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COMENTÁRIOS
7 Comentário(s).

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denilson  01.10.12 10h03
parabens ao governo, mas vale lembrar o governador, que o sistema penitenciário precisa da atenção de vossa senhoria,OK?
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BETO  01.10.12 03h48
ufa,....até q enfim,.....
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Jorge Cintra  30.09.12 12h44
Se houve irregularidades nas etapas anteriores, MPE e MPF tem que supender, depois cancelar a construção. Seguindo exemplo de Brasila (que cancelou as oboras do VLT. Depois responsabilizar e prender os envolidos de forma exemplar. Essa encenação do VLT é uma brincadeira com o povo cuiabano.
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Jorge Cintra  30.09.12 12h43
Se houve irregularidades nas etapas anteriores, MPE e MPF tem que supender, depois cancelar a construção. Seguindo exemplo de Brasila (que cancelou as oboras do VLT. Depois responsabilizar e prender os envolidos de forma exemplar. Essa encenação do VLT é uma brincadeira com o povo cuiabano.
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ANTONIO DOS SANTOS   30.09.12 09h56
É isso aí rapaziada, toca o bonde, quer dizer, toca o VLT, que estamos aguardando ansiosos para termos mais conforto e principalmente ver nossa capital mais bonita. Àqueles do contra, os meus pêsames, é hora de refletirem e saber que o bem sempre vence. Aos descontentes, lembrem que todas as vezes que tentam sucumbir nosso velho Mato Grosso, este reage com pujança e cresce ainda mais forte. Chau.
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