ANA ADÉLIA JÁCOMO
DA REDAÇÃO
O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura denúncias de superfaturamento nas obras da Câmara Municipal, Edivá Alves (PSD), informou que um dos objetivos do órgão é descobrir o destino de R$ 1,1 milhão que teriam sido pagos à empreiteira Alos Construtora.
Ocorre que o ex-presidente da Casa, vereador Deucimar Silva (PP), em cuja gestão foram contratadas as obras, garante que pagou por serviços e produtos, mas o Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Mato Grosso (Crea-MT) e o Tribunal de Contas do Estado (TCE) apuraram que a maioria das obras não foi executada e produtos não foram adquiridos.
A CPI que investiga o suposto superfaturamento vem atuando desde 12 de dezembro e, na semana passada, foi adiada por mais 30 dias.
Contudo, Edivá Alves crê que nesta semana os trabalhos começam a ser concluídos.
A CPI funcionou apenas por 10 dias, ano passado. Em 22 de dezembro, a Casa entrou em recesso e só retornou em 2 de fevereiro passado.
Agora, Edivá diz que acredita na possibilidade de o Legislativo reaver o dinheiro que teria sido desviado.
“Se Deucimar pagou, a empresa tem que dar conta desse dinheiro. Acredito que alguém terá que devolver essa quantia aos cofres públicos”, declarou o vereador.
A fiscalização das obras foi feita por uma equipe técnica cedida pela Agência Municipal de Habitação, sob João Emanoel, por meio de um termo que a Câmara firmou com a autarquia.
O engenheiro civil Carlos Anselmo, que fez os cálculos e planilhas, fazia parte dos quadros da Prefeitura de Cuiabá e, segundo Edivá Alves, também terá muito a explicar à CPI do Deucimar.