A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga o superfaturamento nas obras de reforma da Câmara Municipal de Cuiabá, em 2009 (gestão do vereador Deucimar Silva), começará suas oitivas na quarta-feira (21).
Às 9h, serão ouvidos os engenheiros civis da Prefeitura que trabalharam na obra; às 15h, os representantes da Alos Construtora, contratada para executar as obras, vão comparecer ao Parlamento.
A meta é descobrir onde foram aplicados os R$ 1,1 milhão excedentes. O ex-presidente da Casa garante que pagou à construtora. O progressista prestará depoimento à comissão na sexta-feira (23).
O presidente da CPI, Edivá Alves (PSD), disse que a empresa simplesmente sumiu. A comissão designou pessoas para monitar a movimentação da Alos e, segundo o vereador, há mais de 20 dias, ninguém entra na construtora.
"Sumiram, trancaram tudo e desapareceram. Há 20 dias, estamos de plantão lá, mas amanhã terão que aparecer aqui", disse o presidente da CPI.
Deucimar Silva, por sua vez, garantiu que não participou do processo licitatório e tampouco do projeto de reforma da Casa.
Ele se defendeu da acusação de ter participado do rombo e disse que todo procedimento foi feito pela Prefeitura de Cuiabá - na época, sob Wilson Santos (PSDB) -, por meio da Secretaria Municipal de Habitação.
"A Prefeitura autorizou o pagamento, fizeram a licitação e eu sou o oitavo na hierarquia de comando. Só paguei o que todos avalizaram", disse Deucimar. Mas, Edivá rebateu as afimações e disse que o ex-presidente "fez tudo sozinho".
"Ele pediu a reforma, pediu o engenheiro à Prefeitura, fez a licitação e pagou quanto quis. Para quem está morrendo afogado, qualquer capim é raiz", ironizou Edivá.
Após as oitivas, o processo deve ser encaminhado ao plenário pelo relator Misael Galvão (PR). O outro membro da comissão é Arnaldo Penha (PMDB).
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1 Comentário(s).
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Ralf 20.03.12 16h50 |
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