Várzea Grande registrou crescimento de 21,7% no número de assassinatos durante o ano passado, em comparação com 2011. Em 2012, foram 140 homicídios, contra 115 no ano anterior. O levantamento é da Polícia Militar.
Em Cuiabá, foram registrados 250 assassinatos em 2011, enquanto em 2012 foram 213, uma queda de 14,7%.
Nas contas dos policiais da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), caso Várzea Grande continuasse com o mesmo índice, somado à redução de Cuiabá, o ano teria encerrado com pouco mais de 300 execuções.
Um dos exemplos da redução no número de casos na capital ocorreu na primeira quinzena de dezembro: Cuiabá não registrou homicídios e nem latrocínios – roubo seguido de morte, enquanto Várzea Grande teve quatro casos de assassinatos.
Enquanto na Capital o combate ao tráfico de drogas e apreensão de armas é prioridade há mais de um ano, a estratégia em Várzea Grande foi, nos últimos três meses, fechar os bares irregulares, principalmente em bairros longes do centro.
Para o comandante do CR II coronel Wilkerson Felizardo, essa queda é resultado projeto “Pacto pela Vida” desencadeada na cidade nos últimos dois meses.
“A Operação Pacto pela Vida, que chegou ao fim no dia 31 de Dezembro, fechou com mais de 180 bares interditados dos 240 fiscalizados, apontando que 75% dos bares, em Várzea Grande, funcionavam de forma irregular”, destacou.
Ele lembrou que eram em locais como esse que havia um grande número de assassinatos, principalmente à noite e nos fins de semana.
Além do tráfico, as motivações dos assassinatos se completam com acerto de contas, rixas antigas e também crimes passionais – nos quais a maioria das vítimas é formada por mulheres que são executadas por parceiros que não aceitam a separação.