LISLAINE DOS ANJOS
DA REDAÇÃO
O secretário municipal de Saúde, Lamartine Godoy, negou as acusações feitas pela SES (Secretaria de Estado de Saúde) de que estaria usando de “má-fé” para manipular a opinião pública quanto ao atraso no repasse de verbas estaduais ao hospitais da Capital.
As unidades prometem suspender a oferta de leitos de UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) aos usuários do SUS (Sistema Único de Saúde). Os atrasos chegam a R$ 7,3 milhões.
Por meio de nota, Lamartine reafirmou que o secretário estadual de Saúde, Vander Fernandes, não faz os repasses aos hospitais conveniados ao SUS e ao Pronto-Socorro de Cuiabá, há dois meses.
O secretário disse lamentar o posicionamento do Estado, que mantém o pagamento das OSS (Organizações Sociais de Saúde) “rigorosamente em dia”.
“Esta atitude prejudica a qualidade do atendimento à população cuiabana e coloca centenas de vidas em risco com o fechamento das UTIs”, diz trecho da nota.
O gestor ressaltou ainda a decisão da Justiça Estadual, em caráter liminar, que atendeu ao pedido do Ministério Público Estadual e determinou ao Estado que realize, dentro de sete dias, o pagamento de pouco mais de R$ 9 milhões aos municípios de Cuiabá e Várzea Grande, referentes a repasses de verbas da saúde em atraso.
O MPE prometeu, inclusive, processar criminalmente o secretário estadual de Saúde, caso alguma morte seja registrada por falta de pagamento do Estado das verbas devidas aos municípios.
O secretário municipal observou que, ao revogar o repasse voluntário em 14 de setembro, a SES afirmou que confeccionaria uma nova portaria, dentro de um prazo de cinco dias úteis, o que não foi feito.
Lamartine Godoy ainda acusou o secretário Vander Fernandes de “agir de má-fé”, a fim de ganhar tempo e protelar o pagamento, para “não honrar com seus compromissos com a Saúde Pública de Cuiabá”.
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