Cuiabá, Segunda-Feira, 16 de Junho de 2025
MT SAÚDE
23.09.2012 | 17h26 Tamanho do texto A- A+

Servidores acionam Justiça para garantir atendimento

Rede credenciada garante que atendimento só será reestabelecido após pagamento de toda a dívida

Thiago Bergamasco/MidiaNews

O advogado enfatiza que a situação dos servidores é “desesperadora"

O advogado enfatiza que a situação dos servidores é “desesperadora"

KATIANA PEREIRA
DA REDAÇÃO

O Sinterp (Sindicato dos Trabalhadores da Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Pública de Mato Grosso) ingressou, na última sexta-feira (21), com ação civil pública para garantir que os servidores da Empaer sejam atendidos pelo MT Saúde.

Desde a terça-feira (18), pelo menos 300 instituições, entre hospitais, clínicas e laboratórios, deixaram de atender os 50 mil usuários do MT Saúde.

A ação foi ajuizada pelo advogado Bruno Boaventura, que a considerou em “caráter urgente”, por se tratar do direito a vida. Uma vez que o plano de saúde é parar garantir aos usuários qualidade no atendimento médico.

O advogado enfatiza que a situação dos servidores é “desesperadora”. “Sem querer dramatizar, a situação dos substituídos pela Requerente não é grave, é desesperadora, porquanto, algumas pessoas se não poderem receber o tratamento adequado, poderão morrer. Nesse caso nada mais poderá ser feito”, diz Boaventura.

Indenização e multa

Também é solicitado que cada associado ao plano receba uma indenização de dano moral no valor de R$ 15 mil pela suspensão no atendimento.

Caso seja deferida a liminar, e o Estado não há a cumpra, o advogado requereu uma multa diária no valor de R$ 10 mil.

O advogado requer garantias financeiras para que os tratamentos dos associados sejam garantidos pelo Estado.

“Toda conduta do Requerido que negar tratamento de saúde, necessário para restabelecer a saúde e evitar a morte, atentam contra a dignidade da pessoa humana e incidirá em afronta à Constituição Federal, e aí esta carecerá de vitalidade jurídica se assim perdurar”, diz trecho da ação.

“Desse modo, devem o Requerido ser compelidos a fornecer atendimento á todos os servidores substituídos pela entidade Requerente que estiverem com suas mensalidades em dias no sentido de custeio dos tratamentos cobertos pelo plano de saúde, arcando financeiramente com o pagamento junto ao médico e ao Hospital designado para tanto, conforme laudo médico”, diz outro trecho da ação.

Sem atendimento

A rede credenciada, por meio do Sindessmat (Sindicato dos Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado de Mato Grosso), garantiu que o atendimento só será reestabelecido quando os pagamentos forem efetuados.

O MPE/MT (Ministério Público do Estado de Mato Grosso) encaminhou, na quinta-feira (20), ofício ao governador Silval Barbosa (PMDB), requerendo a definição de uma data para o pagamento das parcelas em atraso referentes à quitação dos fornecedores do MT Saúde.

Dívidas milionárias

Estado tem uma dívida de R$ 34 milhões com a rede credenciada de atendimento ao MT Saúde.

O montante de R$ 18 milhões é referente a uma dívida antiga de R$ 44 milhões pelos serviços prestados de médicos, clínicas, hospitais e laboratórios conveniados.

Em abril deste ano, o Estado pediu e conseguiu um desconto de 10% na dívida, fixando um valor a ser pago de R$ 39 milhões. O débito seria quitado em sete parcelas de aproximadamente R$ 6 milhões. Porém, as três últimas parcelas não foram pagas e a dívida acumulou novamente, somando R$ 18 milhões.

Já os outros R$ 16 milhões são referentes à falta de pagamento para a OSS (Organização Social de Saúde) São Francisco Sistema de Saúde, que assumiu a gestão do MT Saúde em caráter de emergência.

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4 Comentário(s).

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sirlene zanchet  24.09.12 13h16
sirlene zanchet, seu comentário foi vetado por conter expressões agressivas, ofensas e/ou denúncias sem provas
Maristela  24.09.12 07h45
Isto é uma vergonha.Pergunto: a onde está o dinheiro que hora fora descontado de nós e nao fora repassado a rede credenciada?Cade o dinheiro?E nós que temos que pagar atraves de nossas vidas por este descaso?
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Henrique  24.09.12 06h46
Quero parabenizar o Dr.Bruno e clamar a todas associações e sindicatos que sigam essas orientações, uma vez que até hoje não houve uma justificativa plausível para o não pagamento. O MP deve atuar de imediato no sentido de que os recursos atualmente descontados cheguem diretamente aos prestadores de serviços.
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Helena  23.09.12 19h34
Já foi feito um acordo para tal quitação, mesmo assim, não foi cumprido! Detalhe: continuam os descontos rigosamente na folha de pagamento dos servidores.
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