Cuiabá, Terça-Feira, 12 de Agosto de 2025
COMBATE À CORRUPÇÃO
20.03.2012 | 17h41 Tamanho do texto A- A+

Órgãos fiscalizadores não controlam dinheiro público

Avaliação é do auditor-geral de MT e do corregedor do Tribunal de Contas

Secom

Conselheiro Antonio Joaquim aponta a execução orçamentária como meio mais efetivo de controle social

Conselheiro Antonio Joaquim aponta a execução orçamentária como meio mais efetivo de controle social

LAÍSE LUCATELLI
DA REDAÇÃO

Os órgãos de controle não são suficientes para fiscalizar a má utilização do dinheiro público. Essa é a avaliação do auditor-geral do Estado, José Alves Pereira, e do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Antônio Joaquim. Por isso, ambos ressaltam a importância do controle feito pelos cidadãos.

“O controle institucional é limitado. Ele nunca vai ter o alcance que a sociedade tem. Afinal, a sociedade exerce o controle primário, e nós apenas complementamos, oferecendo mecanismos de transparência”, avaliou Alves, em entrevista ao MidiaNews.

Justamente com o objetivo de aumentar a transparência para combater a corrupção, a etapa estadual da 1ª Conferência sobre Transparência e Controle Social (Consocial), que se realiza nesta terça e quarta-feira (19 e 20), na Escola Superior de Contas do TCE, está avaliando cerca de 600 propostas para melhorar os mecanismos que a sociedade tem para fiscalizar os recursos públicos.

Ao final, as 20 propostas aprovadas serão levadas para a etapa nacional da Consocial, que será em maio.

Para o conselheiro Antonio Joaquim, que é presidente da Associação dos Membros de Tribunais de Contas do Brasil (Atricon), a melhor forma de fiscalizar a aplicação desses recursos é por meio do Orçamento dos Estados e municípios.

“Não existe nada mais relevante que o Orçamento. Geralmente, a elaboração da peça orçamentária não tem participação popular e, muitas vezes, não tem nem participação dos parlamentares”, criticou, em entrevista ao site.

Ele sugeriu que sejam criados conselhos para discutir a elaboração do orçamento e, posteriormente, fiscalizar sua execução.

“Isso ajuda os tribunais de contas a fazer uma fiscalização mais consistente. Não adianta exercer a democracia somente por meio de representantes, é preciso também ter uma participação direta. O grande problema do país é a analfabetismo e a indiferença dos cidadãos com o que acontece no seu município”, avaliou o conselheiro.

Na abertura do evento, o vice-governador Chico Daltro (PSD) ressaltou a importância do controle social, e disse que o Estado está trabalhando para fortalecer a Auditoria e todos os órgãos de controle.

“Transparência e controle social são os pilares de sustentação da democracia e a participação social é decisiva para isso", declarou.

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